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Bielsa, o ‘Loco’ que faz o Marsella sonhar

Marcelo Bielsa, tão comprometido quanto intransigente nesta primeira parte da temporada no Marsella, colocou todo mundo de acordo quanto à efetividade de seus métodos e fez com que seu time saísse campeão de outono do futebol francês.

Marcelo Bielsa, tão comprometido quanto intransigente nesta primeira parte da temporada no Marsella, colocou todo mundo de acordo quanto à efetividade de seus métodos e fez com que seu time saísse campeão de outono do futebol francês.

Marcelo Bielsa é daqueles técnicos que fazem muito bem ao futebol. A paixão que o argentino investe em seus trabalhos pode parecer loucura em alguns momentos, só que garante grande parte de seus sucessos. Mais do que isso, é um treinador que preza pelo jogo ofensivo, custe o que custar. A vitória pode não vir, mas o espetáculo está garantido. Para quem não torce para os seus clubes, a diversão impera. E, para quem sofre, basta a boa fase para que o técnico seja endeusado. Assim aconteceu na maioria dos clubes pelos quais passou. E chega ao ápice no Olympique de Marseille, melhor time do primeiro turno do Campeonato Francês.

Assim como havia acontecido no Athletic Bilbao, a chegada de Bielsa ao Vélodrome era muito interessante. O treinador tão peculiar assumiria o clube famoso pela paixão de sua torcida, que trata a camisa azul turquesa como bandeira do orgulho regional. A recepção do argentino na costa do Mediterrâneo foi espetacular, com milhares saindo às ruas para festejar o seu anúncio. Amor à primeira vista e lua de mel contínua, pela forma como Bielsa tem feito os marselheses sonharem.

Parecia impossível concorrer com o Paris Saint-Germain pelo título da Ligue 1. Nenhum outro clube possui um elenco que se aproxime dos parisienses que, não à toa, ficaram com as duas últimas taças. A esperança vinha em um trabalho coletivo que pudesse ir além das individualidades. E Bielsa vai conseguindo, por mais que acusassem a queda do Marseille a cada tropeço. Terminar a primeira metade da Ligue 1 na primeira colocação é a prova mais do que concreta de que o Marseille pode, sim, sonhar com a conquista.

Entre altos e baixos, os marselheses contaram com o excesso de empates do PSG. A equipe de Laurent Blanc perdeu apenas um jogo no primeiro turno, mas empatou oito. Nem mesmo a vitória no clássico do Parc des Princes evitou que o time da capital ficasse três pontos atrás do Olympique de Marseille. É verdade que a liderança aos comandados de Bielsa se deve muito à arrancada espetacular, com oito vitórias entre a segunda e a décima rodada do Francesão. Mas se o time oscilou mais nos últimos confrontos, a explicação está na tabela difícil: as três derrotas que sofreu desde o fim de outubro foram contra PSG, Lyon e Monaco (candidatos a uma vaga na Champions) e todas fora de casa.

Com 38 gols em 19 partidas, o Marseille conta com o melhor ataque do Francesão, e também com a terceira melhor defesa, com 17 tentos sofridos. Nas últimas partidas, a equipe tem se mostrado menos dependente do artilheiro André-Pierre Gignac, muito graças às excelentes opções entre os meias – com André Ayew, Dimitri Payet, Florent Thauvin e Romain Alessandrini. Já na cabeça de área, Gilbert Imbula tranca o time e tem sido um dos melhores jogadores do país. Equilíbrio que serve para que os marselheses acreditem. E o caldeirão do Vélodrome também tem sido fundamental, com nove vitórias em dez partidas em casa.

Neste domingo, o sonho do Marseille se completou dentro do caldeirão. O Lille chegou a assustar por um momento, mas o gol de Batshuayi aos 24 do segundo tempo garantiu a vitória por 2 a 1. Momento de êxtase para Bielsa e para a torcida, que já tinha o homenageado com um belo mosaico antes de a bola começar a rolar. Ao apito final, o resultado foi comemorado como um título por jogadores e torcedores – todos com o gorro do Papai Noel, para comemorar o Natal.

Por mais simbólica que seja a conquista do primeiro turno, ela tem um valor real para os marselheses. Ela ressalta como a paixão pode, sim, fazer um time campeão. Ainda mais diante do rival Paris Saint-Germain que, acima das discrepâncias financeiras, representa a oposição entre capital e interior na França. Grande história que terá o seu desfecho em 2015.

Foto: AFP

Edição: conmebol.com

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