Vestindo a camiseta da Roja, Patricio "Pato" Yáñez jogou na Copa América e foi mundialista. Hoje se dedica por completo ao seu papel de comentarista de rádio e televisão e analisa em diálogo com a conmebol.com a Copa América Chile 2015.
Vestindo a camiseta da Roja, Patricio "Pato" Yáñez jogou na Copa América e foi mundialista. Hoje se dedica por completo ao seu papel de comentarista de rádio e televisão e analisa em diálogo com a conmebol.com a Copa América Chile 2015, do que tem visto dentro e fora de campo.
conmebol.com.: Pato, primeiro uma pergunta ao ex-futebolista. Ante uma instância como esta, sente certa emoção ou já passou esse tempo?
“Pato” Yáñez: Talvez algo se sinta ainda, essa emoção, algo de nostalgia mas na verdade é que com os anos a gente aprende a se distanciar, ainda mais estando nos meios de comunicação. Foi uma linda etapa mas hoje desfruto do futebol em outro lugar que também gosto muito, são 20 anos nos meios de comunicação.
c.c.: Vamos, então, à opinião do comentarista, do analista de futebol, que copa temos visto?
P.Y.: Eu creio que no futebolístico tem sido uma copa muito parecida às três edições anteriores, principalmente na última, a da Argentina. É uma pena que as estrelas de cada seleção cheguem à Copa América com tanta carga de partidas encima, com um grande desgaste e muitos com grandes objetivos alcançados em suas ligas e então não se vê na copa as grandes figuras que vemos nas grandes ligas do mundo, jogando no mesmo nível
c.c.: As grandes figuras lhe decepcionaram?
P.Y.: A gente entende o que acontece com eles, é algo absolutamente lógico, o desgaste é muito grande e não é culpa destes jogadores que não alcancem o mesmo nível de jogo, claro que todos querem jogar da melhor maneira mas isso não ocorre e o que vemos são alguns momentos em que mostram suas condições, algumas jogadas que se espera dos que são diferentes mas não têm a regularidade nem a intensidade que gostaríamos. Messi apareceu no último jogo contra o Paraguai mas até ali havia mostrado apenas umas poucas coisas com seu selo, o mesmo aconteceu com James Rodríguez, com Alexis Sánchez e outros mais. Não é culpa dos jogadores, é que os tempos são bem curtos entre o momento que terminam suas ligas e o início da copa. É mais, isto acontece com eles também nos mundiais.
c.c.: Na parte coletiva, no jogo, o que você gostou? O que chamou sua atenção?
P.Y.: Taticamente creio que não houve nada novo, não houve nenhuma surpresa e o que me chamou a atenção foi o baixo nível de jogo demonstrado pelo Brasil e pela Colômbia, duas seleções das que se esperava muito mais. Uruguai também apresentou um baixo nível e eu acho que as ausências de Forlán e Suárez foram ausências importantes.
c.c.: Algum nome novo?
P.Y.: O mexicano Flores poderia ser, mas principalmente Derlis González, do Paraguai.
c.c.: O que acha das seleções que jogarão a final?
P.Y.: Vejo uma final acirrada, estudada mas creio que foram duas seleções que proporam jogo, que tentaram sempre, às vezes conseguiram, outras não mas buscaram sempre. Me parece que en esta final tanto Chile como Argentina vão tirar o melhor de si para tratar de ganhar a copa e espero que neste último jogo todas as estrelas de ambas as seleções brilhem e que seja um grande espetáculo. Argentina pode ser favorita pelo peso de suas individualidades mas o Chile tem un estilo que eu não creio que renuncie, que é de correr riscos buscando atacar. Vai ser um jogo tático com duas equipes que buscam atacar.
c.c.: Muito além do estritamente futebolístico, como chileno e comentarista, o que achou da Copa América Chile 2015?
P.Y.: Muito bonita, linda, superou todas as expectativas. Por exemplo, tínhamos um temor aqui com os hinos estrangeiros e houve em todos os estádios um respeito enorme. Os estádios estiveram à altura de um torneio de este nível, o público lotou praticamente todos os estádios, fora de campo houve sempre um ótimo ambiente, enfim, a verdade é que a Copa América tem sido uma grande festa do futebol e tenho certeza que a final será o broche de ouro.
RS/conmebol.com
Foto:RS
