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San Lorenzo argentino toca o céu ao ganhar sua primeira Libertadores

San Lorenzo da Argentina celebrou na noite desta quarta-feira sua glória ao erguer pela primeira vez em sua história a Copa Libertadores da América com uma ajustada e dramática vitória por 1-0 de pênalti frente ao Nacional do Paraguai, um duro rival que lutou com dinamismo e inteligência.

San Lorenzo da Argentina celebrou na noite desta quarta-feira sua glória ao erguer pela primeira vez em sua história a Copa Libertadores da América com uma ajustada e dramática vitória por 1-0 de pênalti frente ao Nacional do Paraguai, um duro rival que lutou com dinamismo e inteligência.

‘Club Argentino Sin Libertadores de América’, era o significado que os rivais davam para a sigla CASLA, formada pelo nome do Club Atlético San Lorenzo de Almagro, até esta quarta-feira, quando o tradicional clube argentino bateu o Nacional, do Paraguai por 1 a 0, e conquistou o torneio de forma inédita.

No estádio Nuevo Gasómetro, em Buenos Aires, o gol do título foi marcado pelo meia argentino naturalizado paraguaio Néstor Ortigoza, cobrando pênalti, aos 36 minutos do primeiro tempo. A vitória simples valeu a taça já que na ida, em Assunção, o duelo terminou empatado em 1 a 1.

Um grande personagem da saga do ‘Ciclón’ rumo ao título não estava na ‘cancha’ (campo, como dizem os argentinos) e, talvez, nem tenham assistido o jogo: o papa Francisco, torcedor e sócio da equipe. Durante a decisão, o líder da Igreja Católica voava para a Coreia do Sul, desembarcando enquanto era disputada a etapa final.

Jorge Mario Bergoglio nunca escondeu a paixão pelo San Lorenzo, que em novembro de 2012 agonizava na zona de rebaixamento do Campeonato Argentino. Em março, o arcebispo de Buenos Aires iniciou seu pontificado e o clube passou a viver fase “abençoada”. Menos de um ano depois levantou o troféu de campeão nacional e se garantiu na Libertadores.

No torneio continental, o San Lorenzo venceu seis jogos, empatou quatro e perdeu outros quatro. Além disso, o ‘Ciclón’ foi um verdadeiro carrasco de brasileiros ao longo da competição. Na fase de grupos foi um dos responsáveis por deixar o Botafogo para trás. Nas oitavas superou o Grêmio e nas quartas o Cruzeiro.

O título do clube de Almagro encerra jejum de cinco anos dos clubes argentinos na Libertadores. A última conquista do país havia sido a do Estudiantes, que superou o Cruzeiro em 2009. O Paraguai, por sua vez, é bi-vice, já que o Olimpia caiu diante do Atlético Mineiro no ano passado.

Curiosamente, este é o terceiro ano consecutivo que o clube sem taças do torneio continental fica com o título. Antes do ‘Ciclón’ e do Galo das Alterosas, o Corinthians foi campeão em 2012.

Nas escalações de hoje, apenas o técnico Gustavo Morínigo, do Nacional, trouxe surpresas, com a escalação do lateral direito Coronel, que era dado como desfalque certo devido problema muscular. No San Lorenzo, Edgardo Bauza só fez uma mudança inesperada, tirando Fontanini para a entrada do titular Cetto, que voltou de lesão.

Com a bola rolando, o time paraguaio aprontou logo no minuto inicial, demonstrando que não se intimidaria no Nuevo Gasómetro. Na primeira ação ofensiva, Bareiro fez jogada na área, a bola acabou sobrando para Orué, que finalizou na trave de esquerda de Torrico.

Aos poucos, o time da casa começou a se impôr e dominar o rival territorialmente. Chute em gol, contudo, só aos 10 minutos, quando Buffarini recebeu na direita e arriscou de longe, sem acertar o gol defendido por Don.

Apesar da imposição pela técnica, o San Lorenzo seguia menos perigoso que o rival. Aos 17, após boa trama da equipe tricolor, Torales recebeu na entrada da área e soltou uma bomba venenosa, que por muito pouco não resultou em golaço.

A tensão dos donos da casa, que passaram a buscar o ataque com mais cautela, deixou o jogo concentrado na zona central e assim as oportunidades de gol foram desaparecendo no decorrer da primeira etapa. O panorama foi este até os 34 minutos, quando o árbitro brasileiro Sandro Meira Ricci marcou pênalti em toque de mão de Coronel na área.

Depois de muita reclamação do time visitante, o meia Ortigoza foi partiu para a bola e mostrou muita categoria, cobrando no canto esquerdo de Don, que saltou para o lado oposto, marcando assim seu primeiro gol na competição.

Nos minutos finais da etapa inicial, o Nacional encurralou os anfitriões, apostando ainda nos chutes de lance. Primeiro Benítez e depois Torales tentaram, mas não conseguiram balançar a rede e igualar o duelo decisivo.

As equipes voltaram do intervalo com as mesmas formações, mas com maneiras de jogar distintas. O San Lorenzo adiantou as linhas e passou a pressionar, enquanto o Nacional se mostrava bem mais encolhido do que no primeiro tempo.

Aos 11 minutos, no entanto, o time paraguaio assustou quando Riveros cobrou falta do lado esquerdo de ataque e a bola acabou indo em direção ao gol, passando por todos os jogadores que estavam na área. Torrico, em dois tempos, fez a defesa.

Pouco depois, a final de Libertadores teve seu momento “final de Libertadores”, quando Sandro Meira Ricci precisou expulsar um dos gândulas, que atrasava a reposição de bola, atrapalhando a vida do time paraguaio.

Com a vantagem debaixo do braço, o time da casa passou a jogar no contra-ataque, esperando o erro do rival. Aos 27, Romagnoli dominou na região central do campo e acionou Villalba, que disparou pela direita. O meia arriscou de longe, mas não acertou o gol.

Pouco depois, Bareiro teve a melhor oportunidade do Nacional em todo o jogo para igualar o marcador. Após bate e rebate na área, o atacante finalizou praticamente com gol aberto, mas a bola acabou desviando em um defensor e subiu, saindo em escanteio.

Aos 34 da etapa final, Sandro Meira Ricci apareceu outra vez no jogo, desta vez paralisando a decisão. Tudo porque torcedores do San Lorenzo, posicionados atrás do gol defendido por Torrico, iniciaram o lançamento de uma série de sinalizadores. Jogadores do clube argentino precisaram intervir para o duelo recomeçar.

Nos minutos finais, o técnico do time da casa fechou o time, com Kalinski e Kannemann em campo, nos lugares de Villalba e Romagnoli. Gustavo Morínigo, por sua vez, apostou no talismã Santa Cruz, autor do gol de empate no confronto e ida, e Lusardi, nas vagas de Benítez e Melgarejo.

Nenhuma das mudanças trouxe grande impacto e o San Lorenzo teve apenas que esperar o apito final, para soltar o grito de campeão da garganta e calar os rivais, que não poderão mais fazer piadas, afinal, a Libertadores não falta mais na sala de troféus do clube.

 

Foto: AFP

Edição: conmebol.com

 

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