Ainda que poucos lhe davam crédito quando assumiu, o treinador Alejandro Sabella superou as expectativas e levou a seleção da Argentina até o vice-campeonato na Copa do Mundo Brasil-2014.
Ainda que poucos lhe davam crédito quando assumiu, o treinador Alejandro Sabella superou as expectativas e levou a seleção da Argentina até o vice-campeonato na Copa do Mundo Brasil-2014.
Após 24 anos sem alcançar as semifinais de uma Copa do Mundo, Sabella não só meteu a equipe entre os quatro melhores do mundo, mas também igualou o feito na Itália-1990, onde a Argentina, dirigida por Carlos Bilardo, também caiu 1-0 ante a Alemanha.
Sabella, 59 anos, não quis adiantar se seguirá ou não no comando da seleção, apesar de que seu representante Eugenio López declarou sexta-feira que a final contra os germanos marcava sua despedida do cargo.
Sabella chegou ao Brasil não só com a pressão própria de treinar a uma seleção que forma parte da elite do futebol mundial, mas também com a urgência de reverdecer os lauréis da bicampeã da Argentina-78 e México-86.
Para cumprir com esse objetivo, ‘Pachorra’, como popularmente costuma-se chamar aos que são lerdos e tranquilos, confiou em seguir a receita aprendida de Bilardo, colocando o equilíbrio por cima da técnica individual e priorizando a estrutura do time.
De La Plata ao Macaracanã
Jogador de grande qualidade técnica e inteligência, iniciou-se no River Plate em 1974, teve um passo pouco destacado pelo futebol inglês e encontrou seu lugar no mundo com Estudiantes de la Plata, equipe onde foi dirigido por Bilardo e com o qual conquistou dois títulos a princípios dos 80, que o catapultou ao selecionado.
Como treinador, foi durante mais de dez anos ajudante de campo de Passarella nas seleções de seu país e uruguaia, além de equipes da Itália, México, Brasil e Argentina.
Em 2009 se ‘independizou’ e assinou com seu querido Estudiantes de la Plata, ao que levou a conquistar a Copa Libertadores da América e um título local, pergaminhos suficientes para tornar-se o treinador da Alviceleste em agosto de 2011.
Desde então, e antes deste vice-campeonato, tinha em seu histórico o fato de ter tirado a Argentina do atasco em que se encontrava no início das eliminatórias rumo ao Brasil.
“Sou uma pessoa equilibrada e gosto de equipes equilibradas”, autodefine-se Sabella, uma postura que lhe tem trazido problemas com a vocação ofensiva que professa Messi.
No Brasil-2014, sua equipe não brilhou mas somou cinco triunfos, um empate e uma derrota, na final contra a Alemanha.