Jogadores colombianos são craques e brilham na liga argentina, vitrine do futebol sul-americano, com a ilusão de ser catapultados às grandes ligas da Europa ou pelo menos a destinos mais prósperos, mesmo que também para encerrar suas exitosas carreiras.
Jogadores colombianos são craques e brilham na liga argentina, vitrine do futebol sul-americano, com a ilusão de ser catapultados às grandes ligas da Europa ou pelo menos a destinos mais prósperos, mesmo que também para encerrar suas exitosas carreiras.
Em cada data do torneio de primeira divisão, um colombiano aparece entre os estrangeiros destacados, encabeçado por Teófilo ‘Teo’ Gutiérrez, que fez seis gols em seis jogos e é o goleador de River e do campeonato argentino onde as últimas estrelas foram Radamel Falcao García e James Rodríguez.
Ex-jogador dos argentinos Racing e Lanús, o atacante da seleção colombiana, de 29 anos, tinha imaginado um destino mais auspicioso para depois do Mundial do Brasil, porém finalmente voltou a Buenos Aires onde brilha no River de Marcelo Gallardo.
No mesmo caminho, o defesa Eder Alvarez Balanta, de 21 anos, continua com a camisa vermelha, trás cair em agosto seu passe ao Sampdoria da Itália.
Em troca, Carlos Carbonero, o meio-campista de 24 anos, integrante do terno colombiano que fez as delicias da torcida riverplatense na conquista do torneio Final-2014, joga agora no Cesena da Série A da Itália, cedido pelo AS Roma.
Muitos colombianos chegam a Buenos Aires com a olhada posta no horizonte, além do oceano Atlântico.
“Meu pai me pede que aproveite jogar aqui, porque é uma vidreira e me diz sempre que ele teve a oportunidade de vir para jogar na Argentina e se arrepende muito de não ter feito”, confessou o atacante de Tigre Sebastián Rincón, de 20 anos, filho do lendário atacante Freddy Rincón.
O atacante José Valencia, filho do centroavante Adolfo ‘Tren’ Valencia, e o defesa Yeimar Gómez, ambos de 22 anos, se incorporaram em Rosario Central; Wason Rentería a Racing, e o volante Mauricio Cuero e o atacante Miguel Borja, com seus 21 anos, chegaram a somar ao Olimpo.
“Espero que o passo por este futebol me sirva para madurar, crescer em todos os aspetos e poder ilusionar com chegar a minha seleção”, contou Borja em julho coando chegou ao modesto clube de Bahia Blanca, 600 km ao sul de Buenos Aires.
Laços fraternos
Na Argentina, berço do treinador de futebol da Colômbia José Pekerman, uns 70.000 colombianos solicitaram sua radicação desde 2003, dos quais 32.000 nos últimos dois anos, que são torcidas cativas nas tribunas locais.
O último embaixador em chegar é o veterano defesa Mario Yepes, de 38 anos, ex-capitão cafeteiro, que começa nesta sexta-feira seu caminho em San Lorenzo, o clube favorito do papa Francisco.
Yepes, ex-jogador do River entre 1999-2002, volta a Buenos Aires no final de sua carreira profissional que incluiu um passo por Nantes e Paris Saint Germain da liga francesa e por Chievo Verona, AC Milan e Atalanta da Itália.
Pelo ‘Ciclón’ passou recentemente Carlos Valdés, o defesa da seleção da Colômbia que agora milita no Philadelphia Union dos Estados Unidos.
Além da dezena de jogadores em primeira, outra trintena de colombianos se incorporaram a equipes que militam em torneios do ascenso, com a vista posta nos ídolos que antecederam e que brilharam no firmamento do futebol mundial.
Lendas ‘cafeteiras’ se realizam
Os astros da Colômbia Radamel ‘Tigre’ Falcao e James Rodríguez são dois dos que fizeram suas primeiras armas em campos argentinos.
Falcao, de 28 anos, recém incorporado ao Manchester United cedido pelo AS Mônaco francês por 13,1 milhões de dólares, estreou em primeira em 2005 em River onde jogou até 2009 anotando 45 gols antes de ser transferido ao Oporto de Portugal.
James Rodríguez, de 23 anos, por quem o Real Madrid pagou ao AS Mônaco uns 108 milhões de dólares, que foi Bota de Ouro no Mundial do Brasil, também fez seus primeiros passos em primeira em Banfield, um humilde Club do sul de Buenos Aires que conquistou seu primer título em 2009 com o colombiano o campo.
Porém mais atrás no tempo, os torcedores do Boca Juniors nunca esquecerão ao goleiro Oscar Córdoba, o defesa Jorge ‘Patrón’ Bermúdez e o volante Mauricio ‘Chico’ Serna, o terno cafeteiro que brilhou no final dos 90 e dos 2000.
San Lorenzo teve em Iván Córdoba seu colombiano estrela em 1998 e 1999, antes de lhe transferir ao Inter da Itália onde jogou por 12 anos até seu retiro em 2012.
River contou com Juan Pablo Ángel entre 1998 e 2000, até que o inglês Aston Villa lhe contratou em 2001 por seis temporadas.
Fotos: AFP/Facebook Oficial Atlético Tigre.