Brasil “tem uma mão na Copa” do Mundo, assegurou otimista o coordenador técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, durante a apresentação dos jogadores em seu campo base em Teresópolis (sudeste) para iniciar a preparação para o torneio que começa em 17 dias.
Brasil “tem uma mão na Copa” do Mundo, assegurou otimista o coordenador técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, durante a apresentação dos jogadores em seu campo base em Teresópolis (sudeste) para iniciar a preparação para o torneio que começa em 17 dias.
“Nós somos os favoritos, sim. Evidentemente, não basta ser favorito para ganhar. Quantos favoritos já fracassaram? Então não basta ser favorito. Tem que ir a campo, encarar a partida com a maior seriedade e exercer o favoritismo a cada jogo”, declarou Parreira, ao lado do auxiliar técnico da seleção, Flávio Murtosa.
Perguntado sobre como a comissão técnica e os jogadores estavam lidando com o chamado “fantasma de 50”, quando o Brasil, em 1950, perdeu a final para o Uruguai, no Maracanã – apesar de ser favorito na ocasião – Murtosa disse que o problema, na época, foi o clima de “já ganhou”.
“O Brasil era favorito. Era a melhor seleção. Mas o grande mal daquela Copa foi o ‘já ganhou’. Isto este grupo não tem. Sabe que será uma Copa difícil, mas que tem condições de atingir o objetivo, de entrar e vencer”, avaliou.
Parreira disse que não há contradição em dizer que o Brasil já é campeão e ao mesmo tempo evitar o clima de “já ganhou” na disputa. “Não estamos falando isso da boca para fora. Nós acreditamos mesmo. Em 50, sem dúvida alguma, o fora de campo não ajudou. Em seleção brasileira, me perguntam o que eu aprendi em seis ou sete Copas do Mundo? A primeira coisa é ganhar fora de campo. E não é fácil. Envolve muitas coisas. Operacional, logística, planejamento, relacionamento com o torcedor, com a imprensa, com a própria equipe. Então, nós já estamos com uma mão na taça”, disse Parreira.
Sobre o acesso de torcedores e da imprensa aos estádios, Parreira disse que a comissão técnica optou por um ponto intermédio.
“Vamos tentar evitar abertura total e fechamento total. É importante treinar com tranquilidade e segurança, e que vocês sejam atendidos na necessidade de fazer a cobertura. A segurança não permite que haja mil pessoas aqui por dia. A Seleção não ficará exposta por isso. Não somos nós que não queremos presença de público. Estamos até pensando em sortear 10 ou 15 torcedores para virem aqui”, indicou.
Brasil debuta em 12 de junho ante a Croácia no jogo de abertura do Mundial. Logo enfrentará México e Camarões no grupo A.