O atacante Javier ‘Chicharito’ Hernández chegará à Copa FIFA Confederações do Brasil-2013 com vontade de voltar a ser a figura carismática da seleção de futebol do México e de compensar após frouxa campanha com o Manchester United inglês.
‘Chicharito’ quer compensar na Copa Confederações após uma cinzenta temporada
O atacante Javier ‘Chicharito’ Hernández chegará à Copa FIFA Confederações do Brasil-2013 com vontade de voltar a ser a figura carismática da seleção de futebol do México e de ressarcir de uma frouxa campanha com o Manchester United inglês.
De fato, o certeiro remate e o oportunismo que caracterizam este goleador de 25 anos foram fundamentais para que o México classificasse à Copa FIFA Confederações (que se celebrará de 15 a 30 de junho).
A atuação do ‘Chicharito’ foi fundamental para que o Tricolor se impusesse na Copa Ouro-2011 da Concacaf ao ser o máximo goleador com sete gols.
Hernández pertence a “uma estirpe muito estranha, difícil de conseguir (…) Pode jogar ou não no Manchester United, porém quando se põe a camisa verde é insuperável”, disse à AFP Luis García, ex-atacante mundialista mexicano e atualmente analista da cadeia TV Asteca.
Aquela Copa Ouro foi um brilhante colofão para a temporada 2010-11 na qual Hernández estreou com os ‘Diabos Vermelhos’ e, sendo um autêntico desconhecido na Europa, conseguiu atrair os focos com seus 20 gols que contribuíram decisivamente a obtenção do título de liga.
O surpreendente ‘Chicharito’ conseguiu opacar ao afiançado atacante búlgaro Dimitar Berbatov e se tornou no grande sócio da estrela Wayne Rooney.
Em sua segunda temporada juntos, o United e o centroavante asteca só ganharam a Community Shield, porém Hernández registrou 12 gols e manteve o carinho da torcida. Nesta última temporada, Hernández somou outra Premier League, porém seus minutos de ação diminuíram com a contratação do atacante holandês Robin Van Persie.
“Estou feliz de estar neste clube, porém gostaria de jogar mais minutos. É frustrante”, admitiu Hernández, cujo instinto goleador lhe levou ainda assim a anotar 17 gols em todas as competições da campanha.
No Brasil, o ‘Chicharito’ quer recuperar seu contagioso sorriso ao lado dos seus companheiros do Tricolor, que confiam as cegas no rendimento de seu habitual salvador.
“‘Chicharito’ tem uma relação com o gol muito complicada de explicar e seus colegas entendem assim. Quando ele está, eles respiram, sabem que alguma vai meter”, explica Luis García.
Com a camisa verde, Hernández tem uma excelente marca de 32 gols em 50 jogos, que iniciou em 2009 quando militava nas Chivas de Guadalajara.
O ‘Chicharito’ é o último expoente de uma dinastia familiar de destacados jogadores mexicanos -seu pai e avô chegaram a disputar Copas do Mundo- criados nas Chivas, o clube mais popular do México.
Seu pai, também chamado Javier Hernández e com o apelido de ‘Chícharo’, lembra que seu filho admirava profundamente o atacante brasileiro Ronaldo e tratava de imitar durante seus anos de formação nas Chivas e em suas primeiras chamadas com as seleções inferiores.
Hernández formou parte da equipe que classificou ao Mundial Sub-17 de 2005, porém finalmente não foi convocado para esse encontro e ficou sem participar do histórico triunfo da seleção mexicana, que lideraram outras promessas como Giovani dos Santos e Carlos Vela.
Superado, ‘Chicharito’ protagonizou uma imparável trajetória que o levou a estrear na primeira divisão com as Chivas da mão do atual selecionador mexicano, José Manuel de la Torre, e somar 29 gols em 79 jogos.
Seu olfato goleador chamou rapidamente a atenção na Europa, onde o Manchester United pagou 9,1 milhões de dólares por fazer com os serviços deste jogador, que em 2010 foi chamado para o Mundial da África do Sul.
Na última campanha, o técnico Alex Ferguson contou menos que nunca com o ‘Chicharito’ apesar de que não lhe permitiu acudir aos Jogos Olímpicos de Londres-2012, na qual México levou a medalha de ouro.
Texto e foto: AFP
Edição: conmebol.com