América do Sul e Europa, as duas maiores potências do futebol, vão se enfrentar nas semifinais da Copa do Mundo, onde o anfitrião Brasil vai jogar com a Alemanha na terça-feira, e a Argentina vai enfrentar a Holanda na quarta, em busca da grande final.

Serão duelos espetaculares, com quatro equipes com história e qualidade fora de questão, mas uma ausência será sentida: o atacante Neymar, principal jogador do Brasil, sofreu uma fratura na vértebra lombar na sexta-feira, nas quartas de final contra a Colômbia (2-1).

Sua baixa foi um verdadeiro terremoto para a equipe e para a torcida, que viu um obstáculo eu seu sonho de conquistar o hexacampeonato em casa. Por isso, a semifinal de terça, em Belo Horizonte, será uma prova duríssima para os comandados de Luiz Felipe Scolari.

“Meus companheiros farão todo o possível para que eu possa realizar meu sonho, que é ser campeão. Meu sonho também era jogar uma final de Copa do Mundo, mas dessa vez não vai dar. Vamos vencer, vamos ser campeões e os brasileiros vão comemorar todos juntos”, afirmou no sábado o agora torcedor Neymar, em vídeo divulgado pela Confederação Brasileira de Futebol.

A equipe vai voltar ao Mineirão, palco da classificação dramática contra o Chile nas oitavas, quando o goleiro Júlio César foi o herói, defendendo duas cobranças na disputa de pênaltis.

O duelo será contra a Alemanha, que chegou a uma semifinal pela quarta vez consecutiva. A equipe sofreu nas oitavas com a Argélia (2-1 na prorrogação), mas fez uma partida mais sólida contra a França (1-0), nas quartas.

“O que poderia ser mais bonito do que enfrentar a equipe anfitriã, no país do futebol, em um semifinal de Copa do Mundo? Será uma grande partida”, assegurou o técnico Joachim L¶w, depois do treino da equipe no sábado.

A grande oportunidade de Messi

Do outro lado da chave, Argentina e Holanda vão se enfrentar em São Paulo, em outra partida entre seleções com muita tradição.

A Alviceleste ganhou todos os jogos até aqui, mas com um jogo irregular e mais problemas do que o esperado. O último foi contra a poderosa Bélgica, por 1 a 0.

Lionel Messi, com quatro gols, foi até agora o diferencial da equipe de Alejandro Sabella – que se classificou para uma semifinal de Copa do Mundo depois de 24 anos – mas espera-se mais dele, que já foi eleito quatro vezes o melhor jogador do mundo.

“É uma grande alegria para esse grupo, para as pessoas, para minha família e para todos”, declarou Sabella.

O principal contratempo para o time será a possível baixa de um de seus destaques, o meio-campo Ángel Di María, lesionado na última partida.

O rival argentino por um lugar na final será a Holanda. A seleção holandesa brilhou na fase de grupos, especialmente nas vitórias sobre a Espanha (5-1) e Chile (2-0), mas teve dificuldades para passar pelo o México (2-1) nas oitavas e, principalmente, pela Costa Rica, nas quartas. Revelação do torneio, os costa-riquenhos só foram eliminados nos pênaltis (4-3), depois de um empate de 0 a 0 nos 90 minutos regulamentares e nos 30 minutos da prorrogação.

Será a chance de apagar a decepção de quatros anos atrás, quando a “Laranja Mecânica” perdeu a final para a Espanha.

As semifinais terão ainda um aspecto de revanche para os europeus, já que o Brasil derrotou a Alemanha na final da Copa de 2002, e a Argentina venceu a Holanda na final de 1978.

A final pode ser 100% sul-americana, 100% europeia ou um combinado entre os dois continentes, mas os torcedores sem dúvidas podem esperar grandes jogos.

Texto e foto: AFP

Edição: conmebol.com