Costa Rica fez história com sua primeira classificação para as quartas de final do Mundial, neste domingo em Recife, ao superar nos pênaltis (5-3, depois de 1-1 no final dos 120 minutos) a Grécia, num jogo épico, com um jogador a menos desde os 69 e o goleiro Keylor Navas como salvador.
Costa Rica fez história com sua primeira classificação para as quartas de final do Mundial, neste domingo em Recife, ao superar nos pênaltis (5-3, depois de 1-1 no final dos 120 minutos) a Grécia, num jogo épico, com um jogador a menos desde os 69 e o goleiro Keylor Navas como salvador.
O capitão Bryan Ruiz abriu o placar para a Costa Rica acertando um chute colocado aos 7 minutos do segundo tempo, mas a Grécia empatou nos acréscimos da partida com Papastathopoulos, que aproveitou um rebote na área para fuzilar as redes.
Nos pênaltis, a Costa Rica foi perfeita, não errou nenhuma cobrança e o goleiro Keylor Navas pegou o chute de Gekas para mandar sua equipe às quartas de final de um Mundial pela primeira vez.
Ruiz abre o placar A Costa Rica chegou às oitavas de final como favorita, algo impensável antes da Copa. Após dominar o “Grupo da Morte”, o D, que contava com três equipes campeãs do mundo (Uruguai, Itália e Inglaterra), os ‘Ticos’ se transformaram na sensação do Mundial, na base do jogo coletivo e da ótima postura tática.
Já os gregos, aos trancos e barrancos, ficaram em segundo lugar no Grupo C, terminando atrás da dominante Colômbia, e precisaram de um pênalti nos acréscimos contra a Costa do Marfim, na terceira rodada da primeira fase, para garantir uma vaga nas oitavas.
Jogando com o favoritismo pela primeira vez nesta Copa, a Costa Rica encontrou dificuldades para chegar ao gol da Grécia. Contra adversários como Itália e Uruguai, os comandados do técnico colombiano Jorge Luis Pinto apostavam as fichas no contra-ataque.
Contra os gregos, porém, tiveram que propor o jogo. Liderados pelo capitão Bryan Ruiz e pelo habilidoso Joel Campbell, os costa-riquenhos dominaram a posse de bola, mas não assustaram o goleiro Karnezis.
Aos 8 minutos de jogo, Ruiz recebeu no meio e tocou na esquerda para Bolaños, que chegava em velocidade pelo lado esquerdo. O meia arriscou um chute forte de primeira, mas a bola passou longe do gol grego.
A melhor chance do primeiro tempo foi da Grécia, que, ao seu estilo, sem firulas e com muita correria, mostrava para a Costa Rica que também podia assustar.
Aos 38, Holebas cruzou da esquerda sob medida para Salpingidis, que se adiantou à marcação e finalizou de primeira. A bola tinha endereço certo, mas Navas defendeu com o pé direito, mandando a bola para escanteio.
Na volta do intervalo, o talento individual costa-riquenho acabou fazendo a diferença e Bryan Ruiz abriu o placar.
Aos 7 minutos, o camisa 10 recebeu na entrada de área e acertou um chute sutil e colocado de primeira que foi parar rente a trave do gol de Karnezis, que só pôde assistir a bola balançar suas redes.
No lance seguinte, a Costa Rica pediu –com razão– um pênalti do zagueiro Torosidis, que não tinha como alcançar um cruzamento para Bolaños e acabou tirando a bola com a mão dentro da área. O árbitro australiano Benjamin Williams não viu e mandou o jogo seguir.
Com a vantagem no placar, os ‘Ticos’ finalmente puderam fazer o que sempre pretenderam: esperar o adversário e tentar definir o jogo no contra-ataque.
Navas salva os Ticos Essa estratégia acabou sofrendo um duro golpe com a expulsão de Duarte, que recebeu o segundo cartão amarelo por uma falta boba em Samaras.
Sem muitos talentos individuais, a Grécia apostou no “chuveirinho” para buscar o gol de empate e, mais uma vez, a tática desesperada deu certo.
Como já havia feito contra os marfinenses, os helenos encontraram um gol nos acréscimos do jogo que lhes deu sobrevida na competição. Desta vez, o herói foi Papastathopoulos, que aproveitou um rebote de Navas num chute de Gekas para deixar tudo igual e levar a a partida à prorrogação.
No tempo extra, os gregos tiveram chance de definir o jogo. Aos 8 minutos do segundo tempo, Lazaros recebeu dentro da área e chutou forte, mas Navas pegou e, nos acréscimos, Mitroglu recebeu cara a cara com o goleiro costa-riquenho, que precisou fazer outro milagre.
Não teve jeito, a partida acabou sendo definida nos pênaltis e o melhor jogador em campo, Kaylor Navas, foi decisivo.
Depois de todos os cobradores costa-riquenhos terem convertido seus pênaltis, o goleiro foi buscar no canto direito o chute de Gekas e mandou a zebra da Copa do Mundo no Brasil para às quartas de final. Os costa-riquenhos sonham agora em derrubar mais uma seleção favorita, a poderosa Holanda.
Edição: conmebol.com