O atacante colombiano Radamel Falcao García levará o Mônaco à conquista do Campeonato Francês e à classificação para a Liga dos Campeões “com gols, velocidade e esforço”, disse Radamel García King, pai do jogador, em entrevista exclusiva à AFP.
“Falcao levará o Mônaco à Champions. Ele sempre faz subir o nível dos times no qual jogou e também sempre conquista títulos. Foi assim no Porto e no Atlético de Madri. Ele faz isso com gols, velocidade e esforço”, declarou García, que também foi jogador, em seu apartamento no norte de Bogotá.
Falcao foi confirmado na última sexta-feira como a novo reforço do Mônaco, que acaba de voltar à primeira divisão francesa após o rebaixamento em 2011, e também contratou o volante colombiano James Rodríguez e os portugueses Moutinho e Ricardo Carvalho.
O atacante de 27 anos se transferiu para a equipe do Principado por 45 milhões de euros, após dois anos no Atlético de Madri, pelo qual marcou 70 gols em 90 jogos e conquistou uma Copa do Rei, uma Supercopa da Europa e uma Liga Europeia.
“Agora, o Mônaco ganhará a Liga dos Campeões e a Liga Europa, e conquistará o Campeonato Francês”, continuou o entusiasmado pai do atacante, que marcou 72 gols em 87 jogos pelo Porto, onde venceu dois campeonatos nacionais, duas Supercopas e uma Liga Europa.
García, de 56 anos, considera que “Falcao chega à uma liga do primeiro escalão” e que na França, campeã do mundo em 1998 em casa, “jogam os melhores jogadores e agora ele terá que enfrentar equipes como o Lyon, o PSG, o Olympique e outras equipes fortes”.
Vestindo uma camiseta branca, uma bermuda azul e sandálias, o pai do craque da seleção colombiana lembrou dos primeiros chutes do filho numa bola de futebol na cidade de Santa Marta, no norte da Colômbia.
“Ele não tinha nem três anos e já jogava futebol nas ruas de Santa Marta e na praia”, lembra sorrindo.
“Quando ficou um pouco mais velho, ele me via jogando e dizia: ‘papi, vai pro ataque e marca um gol'”, contou García que, entre 1970 e 1990, jogou como zagueiro nos clubes colombianos Santa Fé, Unión Magdalena, Tolima, Medellín, Junior e nos venezuelanos Táchira, Monagas e El Vigía.
Por causa de sua atividade futebolística, a família morou nos primeiros anos 1990 na Venezuela, onde Radamel se interessou pelo beisebol.
“Falcao jogou beisebol na Venezuela. Ensinei mas depois um dia ele veio chorando porque uma bola tinha batido na cara dele. Ele me pediu que lhe mostrasse como pegar com a luva, aprendeu de verdade e competiu em várias equipes venezuelanas”.
Mas na Venezuela também praticou futebol, “nas ligas infantis das equipes onde eu jogava”.
“Ele sempre me via jogar, e isto influenciou. Graças a Deus ele escolheu por vontade própria ser atacante’, explicou o pai.
“Na Colômbia, Falcao jogou no Fair Play, equipe do meu amigo argentino Silvano Espindola. Ele me ajudou a levar Falcao à Argentina e, em 2001, ele fazia parte das categorias de base do River Plate, e foi quando o batizaram de ‘El Tigre’, por causa dos muitos gols”, lembrou.
Com o River, Radamel Falcao marcou 45 gols (2004-2009) e conquistou o torneio Clausura em 2008.
Agora, com o novo desafio, o orgulhoso pai do jogador do Mônaco diz que “Falcão agora vai aprender francês e ensinar os novos companheiros a cantar vallenato”, gênero musical típico das costas caribenhas colombianas, que se toca com instrumentos como o acordeão, a guacharaca e a caixa.
E então García faz soar em sua laptop uma canção que se chama ‘Um Tigre na seleção’ e em seguida um bolero, ‘El caballero del gol’, que autores de Santa Marta comporam em homenagem a Falcao.
Por Jose BAUTISTA/EXCLUSIVA AFP
Edição: conmebol.com