O organizador de cada torneio poderá escolher se utiliza a tecnologia da linha de gol em todas as partidas ou só em alguns, decidiu em sua 127ª assembleia a International Board (IFAB), órgão garante das regras do jogo no seio da FIFA.

“A IFAB considerou que os organizadores de cada competição decidirão se a tecnologia da linha do gol deve ser utilizada em todas as partidas ou só em alguns específicos”, declarou a instituição em um comunicado trás sua reunião anual, celebrada em Edimburgo.

A International Board autorizou pela primeira vez em julho passado a utilização da tecnologia da linha do gol, que foi provado durante o Mundial de Clubes de 2012, sem que houvesse nenhuma jogada em que fosse necessária.

“Cada confederação ou federação é livre para utilizar ou não a tecnologia”, estimou o secretário geral da FIFA, Jérôme Valcke, numa roda de imprensa. “Nós a utilizaremos, temos aberto o prazo de ofertas e veremos qual empresa é a melhor para a Copa das Confederações e o Mundial”, explicou.

IFAB também decidiu que será o organizador de cada torneio quem determinará se as jogadas relacionadas com a linha do gol devem ser repetidas nas telas gigantes dos estádios para que os espectadores as vejam.

Além da tecnologia da linha do gol, o outro tema principal da reunião foi os matizes ao redor do impedimento passivo.

A International Board precisou a expressão “interferindo com um adversário ou tirando vantagem” de uma posição de impedimento.

Um jogador será sancionado com o impedimento se atrapalhar a visão de seu adversário ou se acudir pela bola, mas também se a bola chegar depois de que haja batido no poste, ou travessão ou em um adversário, ou se graças um jogador salvar o gol sobre a linha. Esta modificação da lei 11 entrará em vigor no dia primeiro de julho de 2013.

Sobre o lenço das jogadoras, autorizado em período de prova em julho do ano passado, a International Board decidiu que a decisão definitiva seja tomada na próxima assembleia geral anual (de 28 de fevereiro a 2 de março de 2014 em Zurique).

Com respeito à reforma do próprio IFAB, as associações britânicas (inglesa, escocesa, galesa e norte-irlandesa) que a compõem decidiram manter “uma consulta mais regular com os atores do jogo”, com o objetivo de melhorar seu funcionamento.

Ademais, decidiu-se a criação dos órgãos consultivos, “um grupo técnico”, formado por especialistas em arbitragem, e “um grupo futebolístico”, formado por 20 ex-jogadores, ex-técnicos, treinadores ativos, membros da FIFPro e diretores técnicos de confederações.

Finalmente a International Board anunciou a criação de uma página própria na internet.