A provável baixa por lesão de Ángel di María para a semifinal contra a Holanda besta quarta-feira e possivelmente para uma hipotética final, dexia Lionel Messi sem seu companheiro predileto e a Argentina sem um jogador capaz de desequilibrar por si só quando a estrela do Barcelona não aparece.
A provável baixa por lesão de Ángel di María para a semifinal contra a Holanda besta quarta-feira e possivelmente para uma hipotética final, dexia Lionel Messi sem seu companheiro predileto e a Argentina sem um jogador capaz de desequilibrar por si só quando a estrela do Barcelona não aparece.
“A lesão de Di Maria custa alto”, foi uma das primeiras coisas que disse o treinador Alejandro Sabella logo que terminou o jogo contra a Bélgica que meteu a Alviceleste entre os quatro melhores do Mundial após 24 anos de frustrações.
Não é a perda do protagonista da seleção, como aconteceu com o Brasil. Mas é impossível que os argentinos não lamentem a lesão que deve tirar Ángel Di María do restante da Copa. Se a equipe de Alejandro Sabella é praticamente um “Amigos de Messi”, não havia ninguém mais fiel ao camisa 10 do que o Fideo. O meio-campista do Real Madrid vinha fazendo um ótimo Mundial e, em muitos momentos, foi até mais importante do que o seu companheiro. É uma ausência sensível para uma equipe que só tem mais duas partidas pela frente.
O retorno de Di María não é totalmente descartado. Porém, os membros da comissão técnica admitem que as chances do meia voltar são mínimas. O camisa 7 tinha impressionado nas oitavas de final, quando era quem mais tinha pernas na prorrogação contra a Suíça e, não à toa, acabou decidindo pouco antes da decisão por pênaltis se consumar, aproveitando a grande jogada de Messi. Neste sábado, contudo, os músculos cobraram.
Di María continuava incansável contra a Bélgica, fechando os espaços para Vertonghen e Hazard, além de disparar nos contra-ataques. Ainda no primeiro tempo, sentiu a lesão na coxa direita. Saiu chorando de campo, já temendo pelo pior. O jogador deverá passar por mais exames neste domingo, para ter uma conclusão melhor sobre a gravidade da contusão. Mas as perspectivas não são as melhores.
A Argentina não tem um jogador que substitua Di María. Afinal, o meia era justamente quem chegava em melhor fase para Copa, por mais que Messi tenha se mostrado afiado no torneio. Prova das boas atuações, Di María ainda é o jogador que mais chuta na Argentina (sim, à frente até mesmo de Messi) e o que mais faz cruzamentos, além de ser o segundo em passes para finalização e em dribles e o terceiro em passes. O principal motor na ligação entre defesa e ataque, dando equilíbrio à marcação e velocidade em suas subidas. Sem o Fideo, a Albiceleste perde muito nas jogadas de linha de fundo e nos contragolpes. Um cara que, em partidas mais fechadas, também poderia abrir espaços com seus dribles.
Contra a Bélgica, Enzo Pérez foi o escolhido para ocupar a vaga de Di María. É um jogador bastante dinâmico, que preenche bem o espaço no meio-campo, mas que está longe de acrescentar tanto no ataque quanto Di María. Entre as opções disponíveis a Sabella, há aqueles que podem preencher o meio ou adicionar mais ofensividade ao time. Nenhum que sirva tão bem nesse balanço. O volante do Benfica, no fim das contas, é mesmo quem parece ser a alternativa ideal.
Enquanto isso, Messi vai ser ainda mais exigido. Embora não tenha marcado nenhum gol e não tenha ficado com o prêmio de melhor em campo pela primeira vez nesta Copa, o camisa 10 teve uma partida cerebral. Ainda é o craque, mas de jeito diferente. O Messi da Copa de 2014 é o enganche, o armador que tem servido muito mais os seus companheiros do que aparecido na frente para decidir – especialmente nos dois jogos dos mata-matas. É lógico que ele ainda marca gols. Mas também precisa do faro de gol de Lavezzi e Higuaín, que não vem sendo tão constantes. E dependia de Di María, que era o principal destino de seus passes.
Seja qual for o nome escolhido finalmente por Sabella, há uma certeza: a Argentina estará menos ofensiva e Messi passará a carregar com a responsabilidade quase total na criação, uma ótima notícia para os holandeses de Louis Van Gaal.
Foto: AFP
Edição: conmebol.com