Vários jogadores da seleção absoluta da Colômbia devem parte de sua formação a Reinaldo Rueda, hoje DT do Equador, porém na sexta-feira essa dívida passará ao segundo plano quando ficarem cara a cara com seu mentor por um passo decisivo ao Mundial Brasil-2014

Vários jogadores da seleção absoluta da Colômbia devem parte de sua formação a Reinaldo Rueda, hoje DT do Equador, porém na sexta-feira essa dívida passará ao segundo plano quando ficarem cara a cara com seu mentor por um passo decisivo ao Mundial Brasil-2014

Desse grupo formam parte os volantes Abel Aguilar (Toulouse, Francia), Freddy Guarín (Inter, Itália), Macnelly Torres (Al-Shabab, Arabia Saudita) e Aldo Leao Ramírez (Morelia, México), peças fundamentais na equipe que busca a classificação para a Copa do Mundo da mão do argentino José Pekerman.

“Com ele tive uns momentos muito bons na seleção Sub-20 e a de maiores também, porém agora estamos do outro bando e nós vamos lutar por nosso objetivo”, notificou Aguilar a jornalistas antes do duelo na cidade caribenha de Barranquilla (norte).

Para o meio-campista, sentimentos como o afeto e a gratidão “tem que ficar de um lado” porque Colômbia está “jogando muito bonito e especial como é disputar um campeonato do mundo”, aos que não assiste desde França-1998.

Sob a batuta de Roda, Aguilar e seus companheiros alcançaram um histórico terceiro lugar no Mundial Sub-20 de Emirados Árabes Unidos-2003, a melhor colocação do selecionado cafeteiro em um torneio dessa categoria.

Os colombianos tinham retornado ao certame trás dez anos de ausência (desde Austrália-1993), ao que acederam guiados por Rueda.

No Golfo Pérsico, o conjunto colombiano caiu em semifinais frente a Espanha com um solitário gol do volante Andrés Iniesta (FC Barcelona), quem sete anos depois marcaria o gol que coroou a ‘Roja’ campeã do Mundial da África do Sul-2010.

Essa gesta foi suficiente para catapultar o treinador à seleção de maiores, na qual apostou pelos jovens que moldou na Sub-20 para um novo desafio: a Copa Mundo da África do Sul.

Mesmo que não conseguiu a classificação ao certame africano, Rueda esteve a um palmo de retornar para Colômbia ao máximo evento do futebol mundial logo de sua participação nas Copas do Mundo do Chile-1962, Itália-1990, Estados Unidos-1994 e França-1998.

O timoneiro tinha feito cargo da seleção absoluta em substituição de Francisco Maturana, quem renunciou trás conseguir apenas um ponto em quatro encontros no classificatório para Alemanha-2006.

Ainda quando muitos reclamaram sua continuidade, os diretivos cafeteiros optaram por outro caminho e Rueda recalou na seleção de Honduras, conseguindo a classificação para África do Sul, uma conquista que posteriormente lhe conduziu para a direção técnica do Equador.

Em paralelo Aguilar, Guarín, Torres e Ramírez continuaram uma carreira exitosa que hoje os tem no umbral do Brasil-2014, ao estar Colômbia no segundo lugar das eliminatórias sul-americanas com 23 pontos, a três do líder Argentina e escoltada por Equador e Chile com 21.

Mais lá desta cojuntura, Rueda se sente orgulhoso da boa senda que seguiram seus discípulos.

“Indubitavelmente me sinto honrado. É uma grande satisfação ver por exemplo Abel Aguilar, Macnelly Torres, Aldo Leao Ramírez, entre outros jovens que em seu momento compartiram comigo”, declarou em uma recente entrevista com o jornal El Espectador.

E a pesar de que não formou parte de seus consentidos, o goleiro reserva da seleção colombiana, Camilo Vargas, acha que o conhecimento que Rueda tem de alguns de seus companheiros pode representar uma vantagem para Equador.

“O ‘profe’ Reinaldo conhece muitos jogadores e nosso jogo, e poderia ser uma oportunidade para atacar a Colômbia”, susteve.

Uma das três derrotas que sofreu Colômbia nas atuais eliminatórias -em 12 jogos- foi precisamente contra Equador em Quito, onde caiu por 1-0 no dia 10 de junho de 2012 com tanto do atacante Christian Benítez, quem faleceu surpreendentemente no dia 29 de julho passado por uma falha cardíaca.

O classificatório outorga quatro lugares diretos e ao quinto a possibilidade de uma repescagem com o quinto da Ásia.

Por Alexander MARTINEZ/AFP

Foto: AFP

Edição: conmebol.com