Até quarta-feira passada, Malásia-1997 tinha sido a edição onde a seleção uruguaia tinha ido mais longe num Mundial Sub-20. Agora com a classificação para a final da Turquia-2013 faz com que este grupo iguale pelo menos aquele vice-campeonato e tenha a chance de superá-lo.
Até quarta-feira passada, Malásia-1997 tinha sido a edição onde a seleção uruguaia tinha ido mais longe num Mundial Sub-20. Agora com a classificação para a final da Turquia-2013 faz com que este grupo iguale pelo menos aquele vice-campeonato e tenha a chance de superá-lo.
Foi difícil ante o Iraque, que foi eliminado finalmente pelos pênaltis da semifinal (7-6 depois de empatarem 1-1), mas o conjunto de Juan Verzeri repetiu a façanha dezesseis anos depois e agora espera que o resultado ante a França no sábado não seja o mesmo que então contra a Argentina de José Pekerman, com a que caiu 2-1.
A Celeste conseguiu se adiantar no placar da final, através de Pablo Garcia, aos 15 minutos, mas a Alviceleste, que defendia o título conquistado dois anos antes em Catar-1995, recuperou através de Esteban Cambiasso (26) e Diego Quintana (43).
Naquele grupo argentino também se encontravam nomes que tiveram êxito anos mais tarde e uma carreira destacada como Walter Samuel, Pablo Aimar ou Juan Román Riquelme.
Uruguai ficou com a decepção de ter acabado muito perto, mas pode consolar-se com os prêmios para os melhores jogadores, já que Nicolas Olivera foi escolhido como o melhor do torneio (Bola de Ouro) e seu companheiro Marcelo Zalayeta o segundo melhor (Bola de Prata).
Antes dessa última derrota no estádio Sha Alan Kuala Lumpur, o Uruguai teve um caminho difícil para o último jogo, como nesta ocasião, na Turquia.
Dominou seu grupo da primeira fase, com duas vitórias (3-0 Bélgica e Malásia 3-1) e um empate (0-0 Marruecos). Nas oitavas de final não teve muitos problemas para golear 3-0 os Estados Unidos, com dois gols de Zalayeta e um tanto de Olivera.
Nas quartas realmente começaram as complicações, justamente contra a França, que veio a esta cita com uma equipe para sonhar, com prometedores Thierry Henry, David Trezeguet, William Gallas, Willy Sagnol e Nicolas Anelka, entre outros.
Trezeguet adiantou os ‘Bleuets’ aos 27, porém Olivera salvou um empate 1-1 para o Uruguai aos 68, que lhe permitiu chegar na prorrogação e, em seguida, os pênaltis, onde os sul-americanos se impuseram 7-6, como na quarta-feira ante o Iraque, depois que Anelka falhasse o lançamento.
Nas semifinais o adversário foi Gana, ante o Uruguai que se adiantou no primeiro tempo por 2-0, porém os africanos acordaram no segundo e empataram 2-2, forçando a prorrogação, onde um gol de Alvaro Perea deu o passe às finais para os Charruas.
Na final, a Argentina acabou com o sonho malaio, uma dívida que agora os da geração de 2013 podem saldar para adicionar este troféu para as conquistas do futebol uruguaio.
A Celeste tinha chegado antes que a Turquia quatro vezes nas semifinais do Mundial Sub-20 e só nesses 1997 que tinha conseguido a vitória nessa rodada.
A última tinha sido faz 14 anos, na Nigéria-1999, onde a equipe, em seguida, com um jovem Diego Forlán ficou, finalmente, em quarto, perdendo sucessivamente contra o Japão (2-1) na semifinal e Mali (1-0) no pulso posterior pelo bronze.
O Uruguai tem um encontro com a história e os jogadores estão conscientes dessa responsabilidade.
“Temos a oportunidade de conseguir algo que não foi alcançado. O grupo esta forte, vamos tentar”, disse Felipe Avenatti trás a sofrida vitória das semifinais.
Por Diego REINARES / AFP
Foto: AFP
Edição: conmebol.com