O argentino Ricardo ‘el Bocha’ Bochini, inesquecível meio-campista do Independiente de Avellaneda, deixou uma marca incomparável no ‘Rei das Copas’.
Conquistou oito títulos de torneios com o ‘Rojo de Avellaneda’ na América, bem como oito são os dias que faltam para a final da sexagésima edição da Copa Libertadores, no dia 23 de novembro em Lima, entre o Flamengo e o River Plate.
‘El Bocha’ estreou no Independiente em 1972 e aí ficou para sempre.
Foi o protagonista da época dourada do clube e quebrou um recorde difícil de superar: venceu com o Independiente 5 edições da Copa Libertadores (1972, 1973, 1974, 1975 e 1984) e 3 versões da Copa Interamericana (1974, 1975 e 1976).
Oito títulos continentais com o mesmo clube, um nível muito alto.
É claro que as conquistas da Copa Libertadores são as mais lembradas.
Ele tinha um drible diabólico e, como poucos, passava a bola entre jogadores adversários para colocar o companheiro comodamente de frente para o gol.
O parceiro e amigo que mais se beneficiou com suas genialidades foi Daniel Bertoni, mas não foi nada mal a vida no futebol para Antonio ‘el Policía’ Alzamendi e para Jorge Burruchaga.
Com Bochini na lateral, ou nas costas, era mais fácil pensar no gol.
Na final da Copa Libertadores de 1972, Bochini e seu Independiente se mediram com os peruanos do Universidad de Deportes.
Empataram sem gols em Lima e conquistaram seu terceiro título da América depois de vencer por 2-1 em casa.
Em 1973, novamente finalista da Copa Libertadores, desta vez contra o Colo-Colo do Chile, a quem venceu em uma partida de desempate no Estádio Centenário de Montevidéu, por 2-1.
No ano seguinte, enfrentou o São Paulo brasileiro na final. Na ida, no estádio Pacaembu, o Rojo caiu por 2-1. Na volta, venceu com uma brilhante apresentação de ‘El Bocha’. No jogo de desempate, Ricardo Pavoni deu o título ao ‘Rei das Copas’.
Em 1975, um novo jogo de desempate com os chilenos do Unión Española, no estádio Defensores del Chaco, deu o quarto título para ‘El Bocha’.
Tiveram que esperar até 1984 para que Bochini e seu Independiente conquistassem o quinto título da Libertadores.
Na final, enfrentou o Grêmio em mais uma noite inesquecível para os torcedores, para ‘el Mago’.
EFE
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