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Alejandro Domínguez: “Sonho talvez com uma Copa América, porque não, com países latinos”

Depois do sucesso da Copa América Centenário nos Estados Unidos, o presidente da Conmebol sonha com um torneio entre seleções sul-americanas e europeu-latinas como França, Portugal, Espanha e Itália.

Depois do sucesso da Copa América Centenário nos Estados Unidos, o presidente da Conmebol sonha com um torneio entre seleções sul-americanas e europeu-latinas como França, Portugal, Espanha e Itália.

Em uma entrevista com a AFP, Alejandro Domínguez confiou seu alívio ao confirmar-se a continuidade do craque Lionel Messi em sua carreira com a seleção argentina, e também reafirmou "o processo de reconstrução" que levam a cabo na Confederação Sul-Americana de Futebol.

– A Copa América nos EUA foi um grande sucesso em popularidade, a experiência vai se repetir?

– "Tem que analisar, não somente com a quantidade de público que foi ótima, com uma média de 45.000 espectadores por partida. O importante de tudo isto, que é uma lição para ter em conta no futuro, é que houve 1,5 bilhões de pessoas que assistiram a Copa América pela televisão.

No futuro haverá uma melhor negociação da Conmebol dos direitos de difusão, um melhor benefício para as associações, afiliados, clubes e jogadores.

Não me limito a pensar em uma Copa América que seja somente com a Concacaf. Sonho talvez uma Copa América, porque não, com países latinos como a França, Itália, Espanha, Portugal. Poderíamos fazer uma copa distinta".

– A vitória do Brasil nos JO, acredita que permite que esse país revalide suas conquistas depois da decepção do Mundial 2014?

– "Desde o começo eu tinha certeza que a medalha de ouro ficaria na América do Sul. Ganhou um dos meus candidatos e sinto muita felicidade que tenha sido o Brasil, o troféu que faltava ao futebol brasileiro. Faz muito bem ao futebol sul-americano". 

– Como recebeu a notícia de que Messi seguirá com a seleção da Argentina e participará das eliminatórias?

– "Messi é o melhor jogador del mundo e qualquer espetáculo com Messi, é muito diferente. Estou muito contente que tenha confirmado sua presença nas eliminatórias, as mais difíceis dos últimos períodos de classificação. Eliminatórias sem Messi ou um Mundial sem Messi é como ter um aniversário infantil sem bolo".

– Está a favor de aumentar para 40 o número de seleções participantes do Mundial?

– "Nós entendemos a situação. Sempre e quando garantam para a Conmebol uma participação mínima de 5+1, nós apoiaríamos (ndlr: ou seja um classificado a mais que na fórmula atual de 4+1 para 10 federações). 

Um mínimo de 60% do futebol se joga com sul-americanos. O protagonismo do futebol sul-americano é de 100%. Os três melhores jogadores do mundo são sul-americanos: Messi, Neymar e Suárez".

– Em que estado encontrou a Conmebol depois do escândalo de corrupção?

– "Sabía que o estado era ruim, mas nunca imaginei que era tanto assim. Quando fui eleito, o que encontrei passou muito além da minha capacidade de imaginação. Encontrei uma desorganização, uma situação caótica. Com desafios enormes a curto prazo, uma situação bem difícil.

Fizemos as mudanças necessárias e colocamos gente capaz nos lugares chaves, fizemos uma auditoria, reconstruímos o estado contável da Conmebol. Desde 2011, não havia registros. A Conmebol não estava em regra com o fisco paraguaio, com o Instituto de previsão social. Sinto orgulho que a Conmebol deixou atrás essa história de entidade com imunidade diplomática. O desafio era muito grande, muito pesado, creio que hoje estamos tendo algumas satisfações como a percepção de que a justiça norteamericana vê a Conmebol como vítima, é muito importante".

 

(Por: Aleandre Peyrille)

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