Postos importantes, tanto administrativos como de campo são ocupados por mulheres na Nova CONMEBOL. Nesta quinta 9 de agosto ficará marcado por um feito inédito e histórico, pela primeira vez uma mulher será Assessora de Árbitros Internacional em Competições de clubes masculinos. Especificamente no jogo entre San Lorenzo de Almagro e Emelec, na cidade de Buenos Aires pela CONMEBOL LIBERTADORES Bridgestone.
Trata-se da peruana Ana Pérez Assante, árbitra durante 13 anos no Peru, e que desde 2009 se desempenha como Assessora na CONMEBOL e em seu país, e há cinco anos é instrutora com a insígnia da FIFA.
“Quando fiquei sabendo da designação, realmente não acreditei. estava muito emocionada. Me sinto muito feliz, trabalhei muito tempo para isso e é, acima de tudo, um grande compromisso”, conta Ana Pérez no início do diálogo com a CONMEBOL.com.
“Anita” foi professora de crianças de 0 a 5 anos, mas deixou essa carreira “por amor a arbitragem”, e até hoje em dia não se arrepende. Tem em seu currículo grandes torneios que lhe trazem gratas lembranças, como por exemplo dois clássicos deo futebol peruano com estádio repleto (Alianza Lima x Universitario), o Mundial de Futebol Feminino nos Estados Unidos em 1999, as Olimpíadas de Sidney ou o Mundial Sub-17 masculino em Trinidad e Tobago, onde esteve entre as mulheres árbitras convidadas a participar.
“Quando comecei com a arbitragem realmente não pensei que ia gostar tanto. A informação sobre um curso que se realizaria no Peru chegou através de um tio, e então comecei apenas pelo esporte, precisamente pela relação com o futebol, daí no caminho percebi que eu gostava demais disso”, conta à CONMEBOL.com.
Após deixar o mundo da arbitragem por cinco anos para dedicar-se exclusivamente à maternidade, voltou dessa vez não para dirigir jogadoras, mas para ensinar de que maneira fazê-lo. Como instrutora soma competições como Mundiais Femininos, Copa América e em categorias menores. “O trabalho consiste na parte técnica e prática, por exemplo fazer trabalhos de campo tratando de simular situações reais de jogo para as árbitras ir desenvolvendo o ritmo da arbitragem”.
Outrossim, Ana cumpre o labor de Assessora, “que é a oportunidade que me deu o Presidente da Comissão de Árbitros da CONMEBOL, Wilson Seneme. Há alguns anos estou trabalhando também em competições masculinas”.
O trabalho do assessor é um antes, durante e depois do jogo. “Agora contamos com uma ferramenta tecnológica muito importante da qual obtemos informação prévia das equipes para poder chegar ao jogo com conhecimentos, durante o jogo se toma nota das incidências e depois do jogo, novamente através da ferramenta que utilizamos, analisamos as situações e realizamos um feedback. O que buscamos é a excelência”, resume a peruana.
Romper paradigmas é o alvo
Ana Pérez Assante é categórica ao indicar que muito além do gênero o importante é a capacidade das pessoas e que, de fato, quando se desempenhou como árbitra em seu país nunca sentiu o rechaço de seus colegas em um ambiente que, ainda no Peru, não se tolerava mulheres no futebol. “Nós mulheres podemos desenvolver em qualquer âmbito, é simplemente tirar o melhor de nós mesmas. Devemos enfocar na capacidade da pessoa. Tem que romper os paradigmas de gênero, o importante é o trabalho que cada um desempenha e hoje a CONMEBOL está reconhecendo o trabalho que podemos realizar muito além de ser mulher ou homem”.
A Nova CONMEBOL reconhece a capacidade feminina, valorizando e honrando as mulheres. A Nova CONMEBOL, Acredita Sempre…
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