María Victoria Daza; Luzmila González e Mary Blanco foram as árbitras principales e árbitras assistentes da final da Liga Feminina Águila 2017, o primeiro torneio feminino profissional da primeira divisão da Federação Colombiana de Futebol.
“Desde o início do torneio tivemos aspirações e projetos de participar no jogo da grande final e a Federação nos deu essa oportunidade. Desde que recebemos a convocatória começamos com o trabalho em equipe e começamos a conversar», comenta a árbitra principal María Victoria.
“Começamos a conversar, a viver a emoção, o frio na barriga…foi um momento muito bonito porque eu acho que todas as árbitras na Colômbia desejavam. Mentalizamos primeiro em desfrutar ao máximo e segundo em fazer um excelente trabalho, porque tínhamos muitas responsabilidades em nossas mãos», segue Luzmilla.
Ansiedade, expectativa e audácia se misturaram no sábado 04 de junho. O Campín do Bogotá reuniu 33.000 torcedores aproximadamente, de um lado saíram as jogadoras do Independiente Santa Fe, do outro as jogadoras do Atlético Huila, e da outra esquina do estádio a terceira equipe, a arbitral.
“Quando terminou o primeiro tempo…uau! Vi muita gente e no início do espetáculo o público fazia ondas, e no momento de festejar o gol eu senti uma energia muito bonita, que eles transmitiam para as jogadoras”, conta Luzmila.
“Foi uma festa muito linda, uma festa familiar, onde o público se comportou muito bem. Não foram grosseiros em nenhum momento, nem com as jogadoras nem com as árbitras do jogo», falou Mary, a mais calada das três.
A Federação Colombiana de Futebol, com a DiMayor, organizou o primeiro torneio feminino de clubes da Divisão de Honra da Colômbia, que sem dúvida é um exemplo para os outros países da América do Sul.
“É mais uma oportunidade de mostrar nosso trabalho como árbitras, para demonstrar nossas capacidades, nosso processo e toda a trajetória que temos, que agora se reflete porque nos reconhecem a nível nacional e isso nos fortalece para os torneios internacionais”, diz María Victoria.
As garotas fizeram um pedido de conscientização sobre as exigências cada vez maiores do futebol, «devemos fazer o máximo esforço, um jogo profissional requer de esforço e sacrifício. Para que outras meninas tenham oportunidades devemos fazer um bom trabalho», coincidiram.
O jogo terminou com o Independiente Santa Fe como o primeiro campeão, além de invicto, depois de ganhar do Atl. Huila por 1-0, com gol da Leicy Santos. Mas o torneio deixou muitas lições, e a mensagem que as árbitras deixaram é que o trabalho deve ser diário para cumprir os sonhos, «ter uma meta, ser humilde, disciplinada e sobre tudo perseverantes. As oportunidades da vida somente se apresentam uma vez e devemos estar preparadas para aproveitar ao máximo».
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