O Boca Juniors sagra-se campeão da Superliga da primeira divisão do futebol argentino pelo segundo ano consecutivo, ao empatar com o Gimnasia La Plata 2-2 como visitante, em jogo disputado na noite desta quarta-feira.
Pablo Pérez (12′) e Ramón ‘Wanchope’ Abila (56′) marcaram os gols para o Boca no bosque platense, enquanto Nicolás Colazo (33′) e Lisandro Magallán (80′, gol contra) marcaram para o Gimnasia.
A equipe ‘xeneize’ teve um início melhor e ficou em vantagem no minuto 12, depois de um centro da direita que ‘Wanchope’ Abila baixou para o centro da área para a chegada de Pablo Pérez, que fez tempo e espaço para se acomodar e marcar com tranquilidade na esquina.
De acordo com a vantagem transitória que lhe deu ainda mais tranquilidade, o Boca reduziu a intensidade e o ritmo sustentado e permitiu a recuperação do Gimnasia, que mostrou determinação e começou a encurralar o visitante com uma chuva de centros à área.
Cerca de meia hora, em um desses tantos envios, Colazo entrou por trás da defesa e empurrou a bola para dentro da rede para o empate 1-1, que pegou de surpresa um Boca com excesso de confiança.
O líder do campeonato recuperou o protagonismo no início do segundo tempo e novamente assumiu a frente na conta, desta vez com um erro grosseiro de Maxi Coronel, falha no fechamento e a perda da bola na frente de Abila, que foi sozinho rumo à área para definir com precisão.
No entanto, o campeão iria tropeçar novamente com o empate que o Gimnasia conseguiu faltando dez minutos para o final, quando o uruguaio Brahian Alemán chutou de longe, a bola desviou no peito de Lisandro Magallán e deixou descolocado o goleiro Agustín Rossi, para colocar uma pitada de incerteza na parte final.
O ponto foi suficiente para o Boca celebrar depois de uma temporada em que brilhou no início, até superar a adversidade na reta final e estender um ciclo ganhador, que procura agora projectar a nível internacional.
Desta forma, o Boca conquistou seu segundo campeonato consecutivo na liga argentina e número 27 no profissionalismo, a partir de 1931.
O ‘Xeneize’ estendeu seu domínio a nível local, onde acumulou mais de 500 dias como líder do campeonato argentino, desde o torneio anterior e neste evento, que liderou do começo ao fim.
-Dos pés e das mãos de Schelotto-
Guillermo Barros Schelotto, um dos ídolos históricos do Boca Juniors, estendeu sua relação afetiva com o clube ‘xeneize’ como treinador da equipe desta quarta-feira, que se sagrou campeã da Superliga da primeira divisão do futebol argentino.
Barros Schelotto, de 44 anos, comemorou seu terceiro título como diretor técnico e o segundo liderando o Boca, já que também foi o treinador no último campeonato da primeira divisão obtido há pouco menos de 12 meses, em 2017.
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— Boca Jrs. Oficial (@BocaJrsOficial) 10 de mayo de 2018
O ‘Mellizo’, que tem como assistente técnico seu irmão Gustavo, acumula 18 títulos no Boca: além dos dois troféus como DT, também comemorou 16 vitórias como jogador, entre 1998 e 2007, quando ele compartilhou um par letal no ataque com Martín Palermo, máximo artilheiro histórico ‘Xeneize’.
AFP