A falta de gol estava deixando-o furioso. Uma vez convocado, o treinador Julio Olarticoechea tinha confirmado como titular antes que em qualquer outro, mas nos três jogos prévios de preparação não só não havia convertido, mas também tinha perdido um pênalti.
“No final, eu acho que a raiva me veio bem”, afirma Calleri para a FIFA.com. A falta de gol estava deixando-o furioso. Uma vez convocado, o treinador Julio Olarticoechea tinha confirmado como titular antes que em qualquer outro, mas nos três jogos prévios de preparação não só não havia convertido, mas também tinha perdido um pênalti. Na estreia contra Portugal, também resultou em zero.
"Estava fechado no arco. O outro dia com Portugal não entrou e acertou no travessão". Contra os argelinos tinha desperdiçado uma situação muito clara, mas aos 70 minutos, com a Argentina jogando com 10 e lamentando um empate 1-1 que o complicava muito no Grupo D, não dando nunca nada por perdido encontrou o que tanto queria: "Felizmente o futebol tem dessas coisas. Disputei com o guarda-redes, me rebotou no joelho e entrou. É o destino do 9, fazer o quê?".
O pinball afortunado que terminou no 2-1 argentino não reflete exatamente o valor como goleador deste fervoroso admirador do uruguaio Luis Suarez. Aos 22 anos, sabe o que é converter para uma pequena equipe da Argentina, All Boys, do qual emergiu, de onde surgiu, e em dois gigantes da América do Sul, como Boca e São Paulo: com os xeneizes -21 gols em 53 partidas – ganhou o campeonato 2015 sendo a equipe de maior pontuação (10). Também a Copa Argentina naquele mesmo ano. Foi bufando por não poder ficar, mas também lhe serviu. Com os brasileiros chegou às semifinais da última Copa Libertadores, que saiu artilheiro com 9 gols.
Bronca e entusiasmo por um sonho
Semelhante produção deu uma ilusão máxima que levou à raiva restante: seu nome não apareceu na lista de 18 jogadores para os Jogos Olímpicos. Estava na pré-seleção de 35 jogadores dada por Gerardo Martino, mas após a renúncia de Tata, o novo Olarticoechea decidiu deixá-lo fora. São Paulo pode chegar à final da Libertadores e, na opinião treinador, se isso acontecesse "seria apresentado muito tarde, sem qualquer formação." Mas no final, Luciano Vietto foi vendido para o Sevilla, a equipe andaluz não o cedeu, os brasileiros foram eliminados nas semifinais e "nós aproveitamos e o chamamos" diz Olarticoechea a FIFA.com.
"O Vasco na verdade é um bom rapaz", reconhece o treinador Calleri. "Ele me ligou e perguntou se eu estava bravo porque não tinha estado na lista Eu disse a ele, obviamente, realmente tinha muita vontade de vir aqui no Rio: tinha ido ao Brasil para estar perto, para que o treinador da seleção me visse … Felizmente ele me chamou e hoje eu lhe sou grato".
Quão entusiasmado Olarticoechea ouviu?. “Muuuuuito. Perguntei-lhe se tinha vontade de jogar. Me responde: “Morro de vontade!”. E isso é bom". O Vasco subscreve a teoria da raiva como um motor: "Que não tenha podido marcar gols nos três jogos da turnê que fizemos foi queimando por dentro. Já começou a mostrar quem é Calleri".
Para um moleque que veio em 2014 ao Brasil para torcer pela Argentina como torcedor durante a Copa do Mundo FIFA, quando já era um jogador profissional, regressar a estas terras para se vestir de azul-celeste e branco é a glória.
"Viver isso significa muito. Quando era pequena não teria sequer sonhado com este momento, em fazer parte dos Jogos Olímpicos com a Argentina. Pense que quatro anos atrás eu estava em minha casa, no All Boys, e não na primeira jogada. Quatro anos! Jogar aqui é um sonho".