No ano passado, o Conselho da CONMEBOL decidiu designar o dia 7 de março como Dia do Futebol Sul-Americano Feminino com o fim de coincidir com o Dia Internacional da Mulher e o início da Libertadores Feminina daquele ano.
A iniciativa foi proposta por María Sol Muñoz, representante da CONMEBOL junto à FIFA, e condiz plenamente com a missão da CONMEBOL que, desde 2016, vem implementando uma política para promover e elevar o perfil do futebol feminino sul-americano.
Desde 2016, a CONMEBOL iniciou um profundo processo de reparação histórica em relação à mulher e ao seu lugar no futebol sul-americano. Durante décadas, a Confederação havia deixado o futebol feminino no esquecimento, relegando-o ao mínimo e negando-lhe até mesmo o apoio mais básico. Com a mudança de direção naquele ano e o lançamento de uma NOVA CONMEBOL, essa realidade está mudando rapidamente.
Gostaria de ressaltar dois elementos recentes nesse sentido. O primeiro, a final da CONMEBOL Libertadores Feminina, realizada no dia 21 de novembro no estádio Gran Parque Central em Montevidéu, Uruguai, entre o Corinthians do Brasil e o Santa Fé da Colômbia. Refiro-me sobretudo à multidão, ao entusiasmo e cores das arquibancadas, as emoções que percorriam esse estádio de uma ponta à outra, a agitação e o ânimo das torcidas. E me refiro também ao bom jogo coletivo, ao talento individual das atletas, à dedicação sem reservas de todas elas em busca da glória esportiva.
A questão é que a final da CONMEBOL Libertadores Feminina teve toda a qualidade e paixão que se esperava de uma partida decisiva, de acordo com a rica história e tradição do melhor futebol do mundo, o futebol sul-americano. As jogadoras, árbitras e técnicas do nosso continente conquistaram seu lugar através do talento, dedicação e responsabilidade. Ninguém lhes deu nada de graça. E a CONMEBOL está determinada a trabalhar incansavelmente para garantir que estas conquistas sejam consolidadas e o crescimento acelere.
O segundo elemento é o aumento substancial dos prêmios para a CONMEBOL Libertadores Feminina aprovados para 2022. O time vencedor receberá USD 1.500.000, o que representa um aumento de 1.600% em relação a 2021. O clube vice-campeão receberá US$ 500.000, um aumento de 900% em comparação com o torneio anterior. Isto não só tornará o torneio mais atraente e competitivo, mas também abrirá a possibilidade de novos investimentos por parte dos clubes, com melhor infraestrutura e treinamento para suas equipes femininas.
Estes são apenas dois exemplos da força do futebol feminino sul-americano que, de uma perspectiva histórica, encontra-se ainda dando seus primeiros passos. O futebol feminino não tem limites.
Na CONMEBOL queremos ver as garotas nos campos de futebol, queremos que as jovens jogadoras se sintam valorizadas e encorajadas, queremos aumentar o número de treinadoras e árbitras, queremos que as mulheres sejam empoderadas e ocupem posições de liderança e executivas ligadas ao esporte. Queremos que o Futuro do Futebol seja escrito com F de Feminino, queremos transformar o futebol feminino sul-americano em uma referência mundial. Trabalhamos todos os dias para conseguir isso.
Vamos continuar Acreditando Sempre!
Alejandro Domínguez W-S
Presidente da CONMEBOL