Alemanha, presente na Rússia pela sua condição de campeã mundial, e Chile, duas vezes vencedor da Copa America, jogam nesta quinta-feira em Kazan (18h00 GMT), na segunda rodada da Copa das Confederações em um duelo com sabor de final de competição.
Ambos os times são favoritos no Grupo B, que começaram com vitória. Chile decidiu na reta final contra Camarões (2-0) e Alemanha sofreu mais do que o esperado contra a Austrália (3-2).
No Kazan Arena vão medir o seu potencial contra um adversário exigente. De um lado Chile se apresenta com o mesmo grupo sólido e coordenado que destacou-se na América desde 2015. Agora, a 'geração dourada' busca o seu primeiro título internacional para o país.
Alemanha, pelo contrário, joga na Rússia com apenas três homens que alcançaram o título mundial em 2014 (Shkodran Mustafi, Matthias Ginter e Julian Draxler).
O DT Joachim Löw enfrenta as Confederações como um trampolim em direção ao grupo que vai defender o título mundial no próximo ano, para aqueles jovens que sejam capazes de dar um passo à frente.
O grupo alemão é o mais jovem do torneio, com uma idade média de 24 anos e 4 meses, enquanto o Chile é o mais veterano, com 29 anos e um mês.
A Mannschaft mostrou o poder ofensivo de seus novos jovens contra a Austrália, mas também deixou claro que muitos deles devem polir seus pecados de juventude na defesa.
Até o final do seu duelo com os oceânicos, foram oferecidas opções de empatar no placar, um luxo que não poderão se permitir diante de equipes com mais trajetória como Chile.
A principal preocupação do treinador da Roja, Juan Antonio Pizzi, é o estado do seu arqueiro e capitão Claudio Bravo, que teve uma lesão que lhe impediu debutar.
"Não conseguiu se recuperar, mas sua evolução é muito positiva. A aprovação depende agora da equipe médica", informu na terça-feira o Presidente da Federação Chilena de Futebol (ANFP) Arturo Salah.
– Sánchez, afetado mas decisivo –
Não chegou ao torneio dos campeões com seu esplendor físico Alexis Sanchez, tendo que recorrer a Pizzi para desobstruir a partida contra Camarões.
O 'Menino Maravilha' revolucionou a noite em Moscou, facilitando os gols de Arturo Vidal e Eduardo Vargas.
Pelo lado alemão, após a estreia, os holofotes procuravam Leon Goretzka, autor de um gol e vítima de um pênalti contra a Austrália. A grande promessa do futebol alemão de 22 anos, algo perdida no Schalke nos últimos tempos, alcançou na Rússia uma excelente vitrine.
Com 1,90 metros, o craque é capaz de quebrar linhas rivais com um toque ou ultrapassar a defesa com um distanciamento, como em seu gol contra a Austrália.
A defesa do Chile com os habituais Mauritius Isla, Gary Medel, Gonzalo Jara e Jean Beausejour, deverá prestar atenção.
Löw revelou sua admiração pela equipe chilena após a vitória contra a Austrália.
"Ele tem individualidades fantásticas e possui uma flexibilidade tática como poucas equipes. São capazes de alterar jogos, os jogadores têm automatismos, um incrível dinamismo ofensivo e mudam constantemente de posição. O jogo do Chile é realmente excelente", afirmou.
Löw vai optar por rotar o seu goleiro, conforme anunciou na primeira fase da competição. Além disso, Bernd Leno esteve falhando frente a Austrália então deixará as luvas com Marc-André ter Stegen ou Kevin Trapp.
Possíveis formações:
Alemanha: Marc-André Ter Stegen – Joshua Kimmich, Antonio Rudiger, Shkodran Mustafi, Jonas Hector – Emre Can, Leon Goretzka – Julian Brandt, Lars Stindl, Julian Draxler – Timo Werner. DT: Joachim Löw
Chile: Johnny Herrera – Mauricio Isla, Gary Medel, Gonzalo Jara, Jean Beausejour – Arturo Vidal, Marcelo Díaz, Charles Aránguiz – José Fuenzalida, Eduardo Vargas, Alexis Sánchez. DT: Juan Antonio Pizzi
Árbitro: Alireza Faghani (Irã)
AFP