De acordo com as expectativas criadas pode-se afirmar que ambas as seleções demonstraram os méritos de haver chegado a estas instâncias já que estiveram à altura do esperado no plano técnico-tático e físico-atlético.
A partida pode ser dividida em duas partes claramente. Um antes e um depois da expulsão do meia peruano Zambrano (5). Até esse momento foi um cotejo bem equilibrado com domínios alternados e aproximações em ambos arcos. Logo da expulsão, o Peru se vê obrigado a se recolher na defesa e basear seu ataque no envio de bolas longas aéreas em direção ao seu único atacante, Guerrero (9), muito isolado para provocar perigo ao rival. Contudo produz os principais problemas para o Chile pela lateral direita com algumas incursões de Farfán (10) e Advíncula (17).
Como fez durante todo o torneio, Chile manteve o controle e o manejo da bola, com boas combinações ofensivas e muitas mudanças de frente, buscando aprofundar através do bom futebol mostrado especialmente por seus volantes e atacantes, além das incursões de Isla (4) pela direita. São criadas desta maneira várias oportunidades de anotar, mas não pôde concretizar.
No minuto 41 vem o primeiro gol do Chile, uma troca de Vidal (8) para Sánchez (7), que aprofunda com um passe em diagonal desde o setor esquerdo para Aránguiz (20) que deixa passar a bola na vertical esquerda da vala peruana e Vargas (11) com olfato goleador, recebe o rebote e anota com toque curto. http://bit.ly/1Ntrm9a (42’)
Iniciando a segunda fração, surpressivamente Chile efetua duas trocas: Pizarro (14) entra no lugar de Díaz(21) e Mena(2) por Albornoz(3). Estas trocas não geram grandes mudanças já que o Chile se desordena e se desacomoda em meio terreno. Paralelamente, o Peru toma conta da bola e obriga o Chile a se desdobrar buscando sair de contragolpe. Peru, com um jogo agora mais associado, chega com bastante perigo ao arco chileno. No minuto 60 ocorre o empate numa rápida transição defesa- ataque pela direita onde Advíncula (17) sai em velocidade e seu passe é conectado por Medel (17) que, junto ao resto da defesa chilena, corria contra seu próprio arco, provocando o gol contra que dá o empate a Peru. http://bit.ly/1g8RpHO (60’)
Isso provoca a reação do Chile, que volta novamente a tomar o controle do jogo conseguindo no minuto 64 o segundo gol de Vargas (11). Trás uma bola recuperada na saída do Peru por parte de Valdivia, o goleador aproveita para vencer novamente Gallese (1) com um grande remate de 25 metros. http://bit.ly/1Ntrm9a (64’)
Peru, na última parte do encontro, tenta reverter a situação com a entrada de Pizarro (14) e Yotún (19), porém Chile faz um bom manejo do jogo e do resultado.
Uma semifinal bem jogada, de bom nível técnico e boa dinâmica que manteve sempre o interessse pelo espectáculo. Ambas as seleções saíram para ganhar sem especulações, mas foi o Chile quem entrou na final do torneio.
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