Foi uma grande equipe, que, sem dúvida, se instalou na galeria das melhores em toda a rica história do Palmeiras.
Foi uma grande equipe, que, sem dúvida, se instalou na galeria das melhores em toda a rica história do Palmeiras. Aquela que, sob a tutela do treinador Luiz Felipe Scolari, alcançou o topo do continente. O passo inicial foi em 29 de dezembro de 1998, quando venceu o Cruzeiro por 1-0, com gols de Francisco Arce no terceiro jogo, para ficar com a primeira edição da Copa Mercosul.
Teve uma imensa transcendência, já que o Palmeiras nunca tinha podido obter um título internacional. E isso foi apenas o começo de uma série que o levou a levantar a Copa Libertadores em 1999 e chegar à final no ano seguinte.
Naquela Copa Mercosul 1998, teve um rendimento próximo à perfeição, onde triunfou em 11 dos 13 jogos disputados com apenas um empate e uma derrota. O início foi esmagador, porque ganhou todos os seis encontros do grupo B, alguns com altíssimo nível em condição de visitante, como quando goleou 5-0 o Nacional em plena Montevidéu (Magrao 2 – Oséias – Tiago – Juliano) ou sobre o Independiente em Avellaneda por 3- 0 (Alex 2 – Paulo Nunes).
Nas quartas de final, deixou no caminho o Boca Juniors, depois de vencer por 3-1 em casa (Almir – Arilson – Magrao) e igualar 1-1em Buenos Aires (Alex). A equipe já estava mostrando suas virtudes, que nasciam na última linha composta por Francisco Arce, Júnior Baiano, Cleber e Junior, quem acrescentaram os talentos de Alex e o poder goleador de Paulo Nunes e Oseas.
Olimpia foi o adversário nas semifinais e se apresentava como um rival perigoso. Mas para esse Palmeiras, não parecia haver muros altos. Facilmente o superou em São Paulo por 2-0, com gols de Alex e fechou a série em Assunção, vencendo por 1-0, com tanto de Oseas.
A final foi contra o Cruzeiro, que num duro duelo estava deixando no caminho o San Lorenzo. O primeiro jogo foi em 16 de dezembro, no estádio do Mineirão e que foi a única derrota do Palmeiras na competição, caindo por 2-1 (Roque Junior). Dez dias depois, foi a vez da revanche e ali o time de Scolari voltou a mostrar seu melhor jogo para vencer por 3-1 (Cleber – Oseas – Paulo Nunes) e deixar toda a definição para um terceiro jogo.
Foi quando 1998 estava prestes a sair, em 29 de dezembro, no Parque Antártica e uma final espetacular, com várias chances de gol, com postes evitando os tantos. Até que, aos 62 minutos, Dida deu um rebote após uma cobrança de falta que foi aproveitada por Francisco Arce, que rematou cruzado para converter o único gol da partida. Festa completa para o Palmeiras e Scolari, iniciando um ciclo brilhante.
Formações
Palmeiras: Velloso; Francisco Arce, Junior Baiano, Roque Junior, Junior; Tiago, Rogerio, Alex (Almir), Zinho (Agnaldo); Paulo Nunes, Oseas (Pedrinho). DT: Luiz Felipe Scolari.
Cruzeiro: Dida; Gustavo, Marcelo Djian, Joao Carlos, Gilberto; Marcos Paulo, Ricardinho (Caio), Valdo, Muller (Alex Alves); Fabio Junior, Marcelo Ramos. DT: Levir Culpi.
Foto: Página Oficial do Palmeiras.
Eduardo Bolaños – CONMEBOL.com