Após a histórica reunião convocada pela CONMEBOL, que reuniu representantes dos Governos da América do Sul e das Associações Membro da Confederação, foi anunciada a criação de uma Task Force liderada pelo astro brasileiro Ronaldo Nazário; pela ex-secretária geral da FIFA, Fatma Samoura e por Sergio Marchi, Presidente da FIFpro. Essa equipe, que também incluirá outras estrelas do futebol sul-americano e especialistas jurídicos, trabalhará exclusivamente no desenvolvimento e na implementação de estratégias para erradicar o racismo, a discriminação e a violência no futebol sul-americano.

Como resultado dessa reunião promovida pela CONMEBOL será formada uma equipe para tratar desse problema com um foco integral e soluções concretas. Sua missão será elaborar políticas eficazes e estabelecer mecanismos de prevenção e sanção que contribuam para erradicar esses comportamentos que afetam tanto o esporte quanto a sociedade.

O evento contou com a participação de presidentes das Associações Membro da CONMEBOL, embaixadores, ministros, representantes do governo, lendas do futebol sul-americano e grêmios de jogadores de futebol. A reunião foi inaugurada com um discurso do presidente da CONMEBOL, Alejandro Domínguez, que enfatizou a importância de agir com responsabilidade e união:

“Estamos agindo aqui hoje com responsabilidade e unidade para enfrentar os desafios futuros, superá-los e continuar no caminho do crescimento. Não queremos um debate sobre o passado, mas sim discutir o futuro. Tudo o que for dito aqui é para somar e melhorar o nosso esporte”, expressou Domínguez.

Posteriormente, as diretorias de Competições e Assuntos Jurídicos da CONMEBOL apresentaram os protocolos e regulamentos vigentes contra o racismo, bem como exemplos concretos da aplicação de multas e sanções nos últimos anos. A CONMEBOL aplica as penalidades mais severas estabelecidas em nível internacional, em alinhamento com a FIFA, a UEFA e as principais ligas do mundo.

O debate foi enriquecido pelas intervenções de jogadores de futebol e representantes dos grêmios de jogadores, que são os principais participantes dessa luta. Embaixadores e ministros também compartilharam suas perspectivas sobre uma questão que preocupa a sociedade como um todo.

Entre as medidas anunciadas, também se destacam a criação de uma lista de pessoas proibidas de entrar nos estádios, que incluirá indivíduos envolvidos em atos de racismo e os impedirá de entrar em qualquer torneio na América do Sul e em outras competições a nível mundial; e a implementação de novos programas educacionais destinados a jogadores, árbitros, clubes e torcedores, com o objetivo de promover a conscientização e prevenção do racismo no futebol.

Além disso, durante o encontro, foi discutida a destinação dos recursos arrecadados com as multas por casos de racismo, discriminação e violência no futebol. Esses recursos são destinados ao Projeto SUMA, uma iniciativa da CONMEBOL voltada para a educação e o desenvolvimento social por meio do esporte, reforçando o compromisso da instituição com a inclusão e a educação. Além disso, o Projeto SUMA será replicado em todos os 10 países membros da CONMEBOL, ampliando seu alcance e beneficiando mais comunidades em toda a América do Sul.

Com essas ações, a CONMEBOL reafirma seu compromisso com o futebol como ferramenta de integração e desenvolvimento, fortalecendo sua luta contra o racismo, a discriminação e a violência, e promovendo valores de respeito e inclusão em todos os níveis do esporte.

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