Uma entrevista introspectiva foi a que teve um dos melhores defesas-centrais da história, o italiano Fabio Cannavaro, que contou detalhes da sua carreira exitosa como também sobre grandes rivais que enfrentou, foi quando reconheceu que o único momento onde sentiu medo era quando enfrentava o brasileiro Ronaldo Nazário da Lima, "O Fenômeno".
Uma entrevista introspectiva foi a que teve um dos melhores defesas-centrais da história, o italiano Fabio Cannavaro, que contou detalhes da sua carreira exitosa como também sobre grandes rivais que enfrentou, foi quando reconheceu que o único momento onde sentiu medo era quando enfrentava o brasileiro Ronaldo Nazário da Lima, "O Fenômeno".
O italiano – campeão do mundo com sua seleção e Bola de Ouro em 2006 – sempre demonstrou respeito pelo atacante sul-americano, a quem considera "o melhor 9 da história." Inclusive declarou que foi "o atacante mais difícil que já enfrentei." Na quarta-feira passada chegou a revelar ao ThePlayersTribune que sentia medo de encará-lo no campo.
"Não houve ninguém nem antes e nem depois do Ronaldo que me causasse tanto medo, ele sempre foi o único".
E segue narrando:
"A primeira vez que joguei contra Ronaldo foi em um amistoso Brasil x Itália, na França, antes da Copa do Mundo de 1998. Só o fato de caminhar no mesmo terreno de jogo que ele já me aterrorizava.
Empatamos nesta partida 3-3, e depois houve uma reunião com o nosso treinador Cesare Maldini: "Fabio, tem muita gente que está falando sobre o fantástico que é Ronaldo, que é um bom jogador. Eu posso te dizer depois de vê-lo jogar, que realmente Ronaldo é muito, muito, muito bom".
Ronaldo foi um jogador que não necessariamente se defendia, mas, sempre era importante marcá-lo e contê-lo o máximo possível. Porque se Ronaldo queria marcar, assim o faria.
Claro, o Brasil também tinha Romário, Roberto Carlos, Ronaldinho. Mas Ronaldo? Ele era diferente.
Ele era rápido, forte e incrível. E cada vez que eu joguei contra ele sempre houve respeito. Um jogador como ele não tinha necessidade de conversa ou até mesmo insultos, pois ele já estava no seu mundo antes mesmo do apito inicial.
Eu não acho que o medo desapareceu. Mas desse temor veio o respeito. E a maneira de respeitar um jogador como o Ronaldo é treinando todos os dias, com a maior intensidade possível. Então, quando entrava no campo, eu sabia que havia dedicado o maior tempo possível. Assustado? Claro. Mas você respeita o jogo e o jogador não deixando que seja visto no campo.
"Com Ronaldo eu aprendi a lidar com o medo no campo", confessa Cannavaro que atualmente está na carreira de treinador. Sem dúvida, o brasileiro Ronaldo Nazário de Lima é e será um dos melhores atacantes de toda a história do futebol mundial.
CONMEBOL.com
