O colombiano Marcos Coll, autor do único gol olímpico na história dos campeonatos mundiais, faleceu em sua cidade natal, em Barranquilla, informou nesta terça-feira a sua família. Estava com 81 anos.
"Faleceu por volta das 10h30 da noite (segunda-feira, 03h30 GMT de terça-feira) de uma forma muito tranquila, quase agradável", contou um dos seus filhos à Notícias Caracol.
Coll estava hospitalizado por problemas respiratórios.
"A FCF lamenta profundamente a morte de Marcos Coll, uma lenda da nossa Seleção #FCFMayores no Chile 1962," declarou a Federação Colombiana de Futebol (FCF) ao saber da notícia, em sua conta no Twitter.
Muitos, incluindo o Presidente Juan Manuel Santos, lamentou a morte de Coll em mensagens nas redes sociais e meios de comunicação, onde era chamado "glória do futebol." O rótulo de "Marcos" foi tendência no Twitter da Colômbia, com inúmeras referências, fotografias e anedotas sobre o lendário gol.
Coll, nascido no dia 23 de agosto de 1935, era filho de Elías Coll, o primeiro árbitro FIFA da Colômbia, e pai do jogador de futebol Mario Alberto Coll.
Mas o meio-campista barranquillero, que 1952-1971 jogou em clubes na Colômbia, Argentina e México, conquistou sua própria fama ao marcar o gol olímpico histórico na Copa do Mundo Chile-1962.
A façanha aconteceu no dia 03 de junho de 1962 durante a partida entre Colômbia e a União Soviética no Estádio Carlos Dittborn de Arica, norte do Chile.
Colômbia perdeu por 4-1 quando Coll fez o golaço. A euforia ajudou para que o jogo terminasse empatado 4-4, também uma conquista para os 'cafeteros', que debutavam na Copa do Mundo.
A conquista de Coll torna-se ainda mais importante porque o arqueiro soviético Lev Yashin, "La Araña Negra", era considerado na época o melhor do mundo.
Ninguém desde então igualou Coll em um Mundial com um gol assim, que deve seu nome ao que marcou o argentino Cesáreo Onzari durante um amistoso em 1924, com o campeão olímpico Uruguai.
"Para mim foi uma alegria que Deus tenha me dado este gol olímpico. Já passaram 50 anos, e nenhum outro jogador conseguiu repetir. Certamente, o gol olímpico me imortalizou", declarou Coll ao Jornal El Espectador em 2012.
AFP
Foto: elheraldo.co