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Iván Valenciano e sua história goleadora

Iván René Valenciano Pérez, goleador nato. Com a seleção da Colômbia registra 217 gols e é o máximo artilheiro do clube Junior com 158 tantos. Fez seu retiro oficial em 2009 jogando com o Alianza Petrolera. Sobre isto e outros aspectos conversou com a CONMEBOL.com.

Iván René Valenciano Pérez, goleador nato. Com a seleção da Colômbia registra 217 gols e é o máximo artilheiro do clube Junior com 158 tantos. Fez seu retiro oficial em 2009 jogando com o Alianza Petrolera. Sobre isto e outros aspectos conversou com a CONMEBOL.com.

Uma saudação a toda a equipe Conmebol. Tive a possibilidade de estar em vários sul-americanos e várias Copa Libertadores.

Fale de seus inícios no futebol…

Tenho  lembranças daqui na Costa Caribe, Barranquilla. Naquele tempo tudo se praticava com a bola de trapo. Agora mudou muito, com campos sintéticos por exemplo. A ideia é que comecei aí, jogando no bairro.

Você combinava o futebol com o basquete…

Sim, jogava muito mais basquete, a quadra ficava na esquina de minha casa e vía todos os dias alguns amigos que pracicam basquete, gostei e comencei. Jogava bem porque estive na pré-seleção da Colômbia e não pude jogar no sul-americano por disposição de meu querido pai.

Quando começa firme a etapa do futebolista?

É algo bastante engraçado, porque primeiro meu pai não me deixa ir ao Sul-Americano de Basquete aos 10 ou 12 dias me liga e me traz um dinheiro para comprar roupa, sem explicações me avisa que espere uma chamada. Logo me comunicam que fui convocado para o Sul-Americano Juvenil com a Colômbia a disputar-se na Argentina. Me surpreendo, porque havia jogado pouco. Quando se cruzavam os campeonatos de basquete e futebol, havia que decidir, foi um caos tremendo. No Pré-Olímpico do Paraguai, havia participado e já tinha muitos gols marcados. No Junior, tenho anotado 158 gols, muito contente, porque apesar de que era o clube dos meus amores, não pensei estar jogando ali.

Tudo isso é o que valeu para ir ao futebol europeu…

Sim, esse foi meu caminho construído para ir ao futebol de Itália.

Logo de regressar, chega à seleção da Colômbia e veio a classificação…

Volto, não vou à Copa América do Equador, porque recém cheguei. Hago la pretemporada con Junior, me preparo da melhor maneira e nesse segundo semestre saímos campeões, depois de 13 anos que eu não conseguia um título. Isto serviu para ser convocado para jogar nas Eliminatórias em 93.

Na seleção da Colômbia, ratifica sua condição de goleador…

Sim, ratifico jogando em Barranquilla, com a pressão do povo, termino marcando gols contra Argentina e Peru. Uma Eliminatória totalmente diferente. 

Em a satisfação de ir a um mundial

Passei por todas as etapas que pude ter como jogador de futebol, de seleção; de jogar na Copa América, Jogos Olímpicos e um Mundial, creio que são três competições interessantísimas para um jogador de futebol.

Falemos de outras equipes, a parte do Junior, que marcou gols…

Sim. Creio que o único clube onde não tive essa oportunidade foi Millonarios, mas o resto em todos os clubes onde estive marquei gols. Em Medellín foi uma etapa muito interessante, ótima em minha carreira, com a  torcida, com a gente. Em Bucaramanga, que tive a oportunidade de salvar o rebaixamento. Em Cali, no Magdalena, tratei sempre de fazer o mesmo, que era marcar gols.

E sua passagem pelo México?

Foi um começo bastante bom, mas depois tive uma lesão de ligamentos cruzados que me impediu de voltar ao meu niível, não pude recuperar, foi bastante difícil e isto levou a não alcançar o rendimento adequado.

E a atualidade de René Valenciano?

Muito tranquilo, contente, trabalhando que é o mais importante. Tenho uma escola de futebol em Bogotá. Em Barranquilla, numa emissora de rádio estou como comentarista esportivo. Feliz de estar numa nova faceta.

Se arrepende de algo?

Não, acho que dos erros a gente aprende a não voltar a cometer e tratar de aproveitar ao máximo. Um voltar ao tempo, seguir sobre a marcha, e melhorar sempre.

E sem dúvidas, isso  também é um aprendizado para os jovens…

Sim, também quando dou palestras. Tentar que os jovens não cometam tantos erros, como os que se cometeu, ainda mais pela inexperiência, pela falta de estudos, por não ter gente que te rodeia e na qual seja capaz de te aconselhar em bons termos sobre as coisas boas e das más e você mesmo poder assimilar, poder ter um bom parâmetro do que é a vida. Isso é o eu que posso contribuir a muitos jovens.

 

 

 

Crédito: Arsenio Estrada Oquendo

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