O meia argentino Juan Román Riquelme, considerado pelos torcedores o maior ídolo do Boca Juniors e herói da recente ascensão à primeira divisão do Argentinos Juniors, anunciou no domingo sua aposentadoria do futebol profissional.
O meia argentino Juan Román Riquelme, considerado pelos torcedores o maior ídolo do Boca Juniors e herói da recente ascensão à primeira divisão do Argentinos Juniors, anunciou no domingo sua aposentadoria do futebol profissional.
"Para mim é um dia muito especial, porque decidi não jogar mais futebol", anunciou Riquelme, de 36 anos, em entrevista à rede ESPN na noite de domingo.
Sua aposentadoria apaga os rumores que afirmavam que estava prestes a assinar um contrato com o Cerro Porteño do Paraguai.
Riquelme insistiu que a decisão foi clara depois de subir com o Argentinos no dia 8 de dezembro.
"Para mim estava claro que para continuar jogando bola tinha que ser algo que me interessasse. Achei melhor agir com calma e comunicar que não vou jogar mais", declarou.
"Para mim está claro que começa uma nova vida para mim, e não sei se está ligada ao futebol", disse.
Riquelme passou os últimos seis meses no Argentinos Juniors, berço de ídolos argentinos como Diego Maradona, para ajudar o clube que o formou a voltar à primeira divisão.
"Tomei a decisão que acredito que seja a mais justa. Não tenho a possibilidade de usar outra camisa no país", afirmou.
"Tentei dar tudo ao Boca, ao Argentinos, ao Villarreal, ao Barcelona, à seleção. Estou muito feliz com a carreira que consegui fazer", definiu Riquelme.
Em julho do ano passado, o camisa 10 não aceitou as condições do Boca para renovar seu contrato e deixou o clube pela quarta vez e para sempre.
– Maradona em sua memória –
Riquelme deixa claro que, para ele -como milhares de argentinos- o ídolo indiscutível do futebol é Diego Maradona.
"Maradona para mim é único, é o melhor da história", disse na entrevista de despedida.
Contou que seu filho mais velho é fã do craque do FC Barcelona, Lionel Messi, "com quem também tive a sorte de jogar", disse.
Porém "para mim Maradona foi um luxo, tive a sorte de jogar com ele, de vê-lo treinar. Só de vê-lo entrar você já sabia que ele ia fazer um show com a bola". recordou.
O meio-campista comentou que não descarta um dia presidir o clube Boca Juniors.
"Se eu tiver a sorte de aprender, e acredito que posso até conseguir, vou tentar ser presidente", admitiu Riquelme, visivelmente emocionado.
Com o Boca deixou atrás um histórico de 11 títulos, incluindo três copas Libertadores (2000, 2001 e 2007), uma Recopa (2008) e uma Copa Intercontinental (2000), com 89 gols em um total de 388 partidas jogadas com a camisa auriazul, 66 delas pela Libertadores.
por Paula Bustamante/AFP
Foto: AFP
Edição: conmebol.com