Sete meses depois que renunciou ser capitão da Seleção Brasileira, Neymar usará novamente a braçadeira nesta terça-feira contra o Paraguai a pedido de Tite, sentindo-se livre declara que é o melhor momento de sua carreira.
Sete meses depois que renunciou ser capitão da Seleção Brasileira, Neymar usará novamente a braçadeira nesta terça-feira contra o Paraguai a pedido de Tite, sentindo-se livre declara que é o melhor momento de sua carreira.
"Deixar de ser capitão foi uma decisão que eu fiz, porque eu senti que não era o momento de exercer essa posição. Agora, depois destes meses com o Professor Tite, além do grupo que é maravilhoso, por Tite vale a pena qualquer esforço", afirmou o atacante do FC Barcelona após o último treino da "canarinha" em São Paulo.
Sereno, simpático e mais maduro do que nunca, o Neymar que apareceu na sala de imprensa do Arena Corinthians não tinha nada a ver com aquele jogador irascível, a pressão de levar a decepção de um país inteiro a uma seleção em perda total inclusive sufocou o enorme talento do jogador.
"Estou madurando", afirmou brincando com as perguntas dos jornalistas de seu país, com quem não falava há meses.
Após a dura fase com Dunga – quem deu-lhe o peso de ressuscitar um "canarinha" que não respondia aos estímulos – o atacante do Barça renunciou o cargo de capitão em plena catarse coletiva do Maracanã, minutos depois de marcar o pênalti que deu ao Brasil o seu primeiro ouro olímpico.
Liberado do peso de toda uma vida, "Ney" pediu tempo para pensar. E não se equivocou.
"Recebemos muitas dicas durante a trajetória, mas aprendemos quando nos machucamos e eu já passei por muita coisa. Eu briguei quando tinha que brigar, levei amarelo, vermelho. Eu me prejudiquei e também aos meus companheiros, mas você aprende, torna-se cada vez mais maduro", explicou.
Muitos viram a sua liderança no retorno espetacular do Barça contra o Paris Saint Germain na Liga dos Campeões, a base de uma Bola de Ouro que poderia não demorar muito em chegar, continua firme nos últimos meses. Ante o Uruguai também não levantou o pé e foi fundamental na vitória por 4-1 do Brasil, onde contribuiu com um bonito tanto.
"Estou feliz pelo momento que estou vivendo. Acho que é o melhor de toda a minha carreira, em todos os sentidos", afirmou.
Embora tenha bem claro que parte da sua grande fase na Seleção tem a ver com a renovação trazida por Tite.
"A mudança foi grande, temos confiança para encontrar o nosso jogo e identidade, que é o que estava faltando, e conseguimos", disse ele.
Líder das Eliminatórias sul-americanas com 30 pontos, o Brasil poderia se tornar nesta terça-feira na primeira equipe classificada para o Mundial da Rússia 2018, mas para isso precisaria que antes Chile perdesse para a Venezuela em casa e Equador contra a Colômbia.
AFP