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Num dia como hoje: Libertadores volta a ser tricolor graças ao Nacional

Os dois clubes mais populares do Uruguai foram protagonistas da Copa Libertadores desde as primeiras edições, vencendo vários delas. Mas depois da conquista do Club Nacional de Fútbol em 1971, nenhum representante daquele país chegou à final do torneio.

Em 1980 o Nacional contava com uma equipe muito boa e desde o início foi visto como candidato ao título, com direção técnica de Juan Martín Mujica.

Eram tempos em que apenas o primeiro de cada grupo avançava para a semifinal e a bolsa dividia sua área com  Defensor Sporting e os times bolivianos de Oriente Petrolero e The Strongest.

Obteve a classificação somente na rodada final ao superar no estádio Centenário ao único adversário que podia brigar por este lugar. Terminou vencendo The Stronges por 2-0 com gols de Julio César Morales e Waldemar Victorino.

O grupo semifinal foi dividido com Olímpia (campeão defensor) e O’Higgins, vencedor de uma área com incrível definição, onde as quatro equipes foram equiparadas por seis pontos. A equipe chilena superou por apenas um gol na diferença de gol para o Cerro Porteño.

Tanto Olímpia e Nacional iniciaram ganhando como visita do O’Higgins e por isso o tricolor teve sucesso decisivo em Assunção por 1 a 0 com um gol de Dardo Pérez nos 13 últimos minutos. A revanche em Montevidéu foi 1-1 e desde que ambos derrotaram a equipe chilena como locais, Nacional garantiu o passaporte para a final.

Lá deveria enfrentar o Internacional de Porto Alegre, que estava passando por um dos melhores momentos de sua história. Em seu time se destacava a habilidade de Batista, o poder de pontuação de Adilson e o talento sem limites de Falcao.

A primeira final disputada no Beira Rio terminou 0-0 e Nacional deu a volta olímpica ao vencer na revanche, jogada no dia 6 de agosto, no Centenário, por 1 a 0 com gol de Waldemar Victorino. Jogador de futebol que deixou um legado brilhante naquele momento da sua carreira, pois levando o título, também foi declarado artilheiro do torneio e meses depois conquistou o gol que valia a Copa Intercontinental ante Nottingham Forest, na primeira definição desta competição em Tóquio.

Na memória dos torcedores ficou a lembrança da segurança do goleiro Rodolfo Rodríguez, a qualidade de Hugo de León, um meio-campista equilibrado e de alto rendimento como Eduardo de la Peña, Víctor Espárrago e Arsenio Luzardo e uma frente implacável com Alberto Bica, Victorino e Julio César Morales, que, como o técnico Mujica e o Espárrago, já haviam erguido o troféu em 1971.

Eduardo Bolaños

CONMEBOL.com

Fotos: Livro Copa Libertadores Volume 1 / www.nacional.uy.

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