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Pelé e Maradona: o eterno reencontro dos astros do futebol mundial

É verdade, pode ser apenas um consolo. Mas para a família do futebol sul-americano, ver as coisas dessa maneira faz com que doa um pouco menos. Pelé, a quem inevitavelmente tivemos que dizer adeus, foi capaz de realizar um de seus desejos: reencontrar Diego.

“Um dia, espero que possamos jogar bola juntos no céu”, tweetou O Rei naquele doloroso 25 de novembro de 2020, data da morte de Maradona. Foi tão autêntico que em menos de 280 caracteres ele conseguiu lembrar ‘Pelusa’, com quem compartilhou tantos momentos inesquecíveis como os maiores expoentes do continente e do mundo.

O mesmo Diego que o teve como seu ídolo e que, por essa razão, em 9 de abril de 1979, ainda como número dez para os Argentinos Juniors, viajou secretamente para o Rio de Janeiro com seu pai, apenas para conhecê-lo e passar um momento juntos.

Talvez, muito antes de ser considerado pela imprensa mundial como o herdeiro do tricampeão mundial, o brasileiro o recebeu em um de seus apartamentos da cidade carioca e até lhe deu uma camisa, uma bola, um relógio e, como se isso não bastasse, algumas palavras que foram gravadas na revista El Gráfico, a mídia que organizou o encontro entre a estrela mundial e o homem que naquela época parecia um futuro astro promissor:“Nunca ouça quando as pessoas lhe dizerem que você é o melhor. Você deve sempre pensar que não é o melhor. No dia em que você se sentir o melhor, você deixará de ser o melhor para sempre”, Pelé o aconselhou.

Com o passar dos anos, as comparações tornaram-se cada vez mais inescapáveis. Não obstante, Edson Arantes Do Nascimento nunca quis sobrecarregar Maradona com a pressão de ser comparado a ele. É por isso que, a cada pergunta, ele deu a mesma resposta: “Pelé é Pelé e Maradona deve ser Maradona”. Foi com esta frase que ambos se encontraram quando já eram campeões do mundo, em um evento organizado pela FIFA na prévia à Copa do Mundo da Itália 1990. O foco, é claro, estava nas duas grandes estrelas sul-americanas.

Uma das reuniões mais memoráveis aconteceu na frente de milhares de espectadores, no programa de televisão apresentado por Diego Maradona em 2005. Pelé esteve presente em Buenos Aires no papel de entrevistado, e cantou “Temos que estar juntos”, uma canção que ele mesmo compôs e interpretou para uma ocasião que, a propósito, terminou com alguns passes de cabeça para cabeça. Um momento sublime que ainda hoje, com suas repetições, faz vibrar a região.

Nessa linha, e como prova adicional do respeito que surgiu no último tempo entre as duas lendas sul-americanas, o brasileiro sonhou em ver o argentino vestindo a camisa número 10 do Santos. Sim, ele quis lhe dar sua camisa para que vestisse profissionalmente em 1998. Os próprios protagonistas o reconheceram publicamente e, embora não se tenha concretizado, a partir de hoje e para sempre, de agora e pela eternidade, poderão compartilhar o campo de jogo do reino dos céus da maneira que Pelé, de quem sentiremos falta até o final dos tempos, ansiava quando era sua vez de se separar de seu colega e amigo, Diego Maradona. Enquanto isso, daqui debaixo, a América do Sul continuará a desfrutar de suas perpétuas jogadas.

CONMEBOL.com

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