Herói do Grêmio como jogador, Renato Gaúcho, que aspira a nada menos que uma estátua em Porto Alegre, fez história como DT com o seu amado ‘tricolor’, vencendo na quarta-feira contra Lanús a CONMEBOL Libertadores Bridgestone 2017, a terceira Copa conquistada.
A relação entre Renato Portaluppi, mais conhecido por Gaúcho desde o início de sua carreira, e o Grêmio iniciou nos anos 80 quando debutou como profissional defendendo as cores da equipe como atacante.
Ele saboreou a glória em 1983, quando levantou a Copa Libertadores com um “tricolor” que deveria esperar 12 anos para reviver o momento e ganhou a idolatria dos sulistas para ser o autor do 2-1 com o qual venceram Hamburgo naquele tempo na Copa Intercontinental.
Proveniente da pequena Guaporé, no Rio Grande do Sul, depois do Grêmio o atacante desfilou pelos times cariocas Flamengo, Fluminense e Botafogo, entre outros clubes brasileiros.
Ele ganhou o carinho da “nação urubu”, para depois ser idolatrado pelo “Flu” quando marcou um gol histórico e decisivo, creditado ao meio-campista Aílton, na final da Copa Carioca de 1995, disputada justamente contra o rival Flamengo.
O futebol e a estrela que parece acompanhar o brasileiro em momentos decisivos foram os verdadeiros condutores na narrativa de sua carreira.
Como técnico, ele não só conseguiu garantir o pedestal definitivo em Porto Alegre, dando o tricampeonato continental para o Grêmio, mas acabou tornando-se no primeiro brasileiro, e o oitavo no continente, em ganhar a Copa Libertadores como jogador e DT.
Em 2008, esteve à beira de realizar a façanha ante o Fluminense, no entanto, precisou se conformar com o segundo lugar ao ser derrotado por pênaltis pela Liga de Quito.
Mas a bola que trouxe o triunfo para seu amado Grêmio chegou pela terceira vez sob a função de DT, desde setembro de 2016. Três meses depois ele liderou o “tricolor” para a conquista da Copa do Brasil, seu primeiro título nacional em 15 anos, e agora ele está a um passo de terminar a temporada como vice-campeão da liga.
Com apenas dois jogos perdidos, Grêmio alcançou o objetivo de entrar na quinta final continental em sua história, igualando com Santos e São Paulo com três copas e principais campeões brasileiros da Libertadores.”O futebol é como andar de bicicleta. Quem sabe, sabe. Quem não sabe, vai à escola”, expressou no ano passado depois de ganhar a Copa do Brasil. Com o título na mão, Gaúcho, que aos 55 anos de idade finalizou uma entrevista aplaudindo, provou que nasceu sabendo.
AFP