O fato de que Romário foi responsável por marcar o gol que colocou o Brasil na sua primeira final da Copa do Mundo da FIFA em 24 anos não surpreendeu ninguém. Não em vão, o atacante mostrava um excelente estado físico nos Estados Unidos em 1994 e já na fase de grupos marcou um golaço para a Suécia, a rival da Seleção Brasileira nas semifinais da disputa americana.
O incrível é que foi o único gol em toda partida, e esperado durante 80 minutos, vindo graças a umaentrada de cabeça de Romário. E, com uma altura de 1,67 metros, o atacante do Barcelona, que passou o jogo rodeado pelos gigantes defesas suecos, notava-se de longe como o jogador mais baixo dentro do campo.
Na verdade, o atacante brasileiro não estava tão acostumado a marcar gols. “Possivelmente, os gols que marquei podiam ter sido contados nos dedos da mão”, brincou Romário após o jogo.
Romário era um grande goleador, mas o jogo aéreo obviamente não é sua especialidade. “Não há quem defina como ele”, elogiou Bebeto, seu parceiro na frente da equipe verdeamarela. “Ele tem um talento natural para o gol. Muitas pessoas pensam que está em torno da área sem fazer nada, mas então, quando você menos espera, aparece e marca”, acrescentou.
O tanto que registrou naquele dia à Suécia foi uma consequência da admirável habilidade que o atacante mostrava para saber onde e quando caçar uma bola.
“É uma questão de marcar o tempo”, declarou Thomas Ravelli, o arqueiro que recebeu esse gol de Romário. “Se você percebe o momento, você pode ser um bom goleador, independentemente da sua altura”.
Sem dúvida, a carreira estelar de Romário serviu para demonstrar que essa estatura não é o mais importante quando se trata de medir os grandes do futebol.
