“A Argentina e o Brasil são favoritos” para vencer a Copa do Mundo, disse em entrevista à AFP o ex-goleiro colombiano Faryd Mondragón, que elogiou o time cafeteiro enquanto opinou que não acredita que a Espanha sofra pela demissão de seu treinador dois dias antes de sua estreia na competição.
Mondragón, que entrou para a história no Brasil-2014, tornando-se o jogador mais velho em uma Copa do Mundo, com 43 anos e três dias, também espera que o goleiro egípcio Essam El Hadary, de 45, não termine com o seu registro na Rússia.
O ex-internacional colombiano acompanhou o presidente da FIFA, Gianni Infantino, e o da Conmebol, Alejandro Domínguez, na abertura da Casa do Futebol, em Moscou, que procura alimentar ainda mais o sonho da organização para sediar o Mundial-2030 na Argentina, no Uruguai e no Paraguai.
– Como valoriza a Colômbia no Mundial?
– Eu vejo a Colômbia bem. Individualmente temos grandes jogadores e com um treinador que conhecemos e que conhece o grupo, que é a sua segunda Copa do Mundo, e que, sem dúvida, tem o grande desafio de combinar todo o talento individual, torná-lo coletivo.
– A que a seleção aspira na Rússia?
– Eu acho que (é preciso ir) passo a passo. Acho que o primeiro jogo (contra o Japão), é essencial, que o jogo de abertura vai marcando muito a confiança em quanto à tranquilidade e espero que possamos repetir o mesmo que na Copa do Mundo anterior, mas vamos jogo a jogo.”
– Equipes sul-americanas –
– Como vê as equipes latino-americanas?
– Bem, fortes. O Brasil e a Argentina são favoritos. O Uruguai como sempre com muita força, muita personalidade, com história. Um Peru que vem de menos para mais e que vai ser levado em conta. E os outros latino-americanos, como o México, que tem potência; Costa Rica e Panamá, que certamente não virão dos turistas para o Mundial, vão querer ser protagonistas.
– Como pode afetar a um grupo como Espanha ficar sem treinador dois dias antes de seu primeiro jogo?
– Para mim, não afeta. Para mim é um valor agregado. Eu acho que isso vai libertá-lo de muitos fardos e vai se fortalecer porque é um grupo com muita experiência, um grupo com muitos jogos e muitos títulos que pode se autogerenciar. Uma pessoa como Fernando Hierro chega com uma imagem e uma carreira impecável. Não é o ideal, obviamente, mas a Espanha tem couro para aguentar isso e muito mais.
– Como vive o fato de que Essam El Hadary possa quebrar seu recorde na Rússia?
– Seria uma pena para mim, mas se quebra é para tirar o chapéu, porque chegar aos 45 anos em uma Copa do Mundo é realmente um valor agregado.
AFP