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Tite, o técnico que devolveu o brilho ao Brasil que estava nas sombras

Seis jogos dirigidos, seis vitórias. 17 gols a favor e apenas 1 contra. O Brasil que todos esperam ver e desfrutar voltou a recuperar seu espírito sob a batuta de Adenor Bachi, conhecido no mundo do futebol como Tite.

A seleção do Brasil conseguiu endireitar o início erro nas eliminatórias sul-americanas, o que levou os Canarinhos a temer uma possível não classificação e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a destituir em junho o então técnico Carlos Caetano Bledorn Verri 'Dunga'. Em seu lugar nomeou Adenor 'Tite' Bacchi.

Tite é gaúcho, da cidade de Caxias do Sul, a 130 quilômetros de Porto Alegre. Esse homem resgatou o Brasil da escuridão. O mal passo pela Copa América Centenário ejetou Dunga e um país se alinhou atrás do paternal Tite.

A seleção definitivamente mudou de cara com Tite. A chegada do técnico gaúcho ao time em meados de junho devolveu o gosto da maioria dos brasileiros pelo futebol da equipe e, nos números, a deixou "de outro mundo" se comparada a seus adversários nas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo da Rússia, de 2018.

Nas seis rodadas – e seis vitórias, com 100% de aproveitamento – em que esteve à frente da seleção brasileira, o Brasil não só virou líder da classificação, como também de diversas estatísticas.

No âmbito do ataque, a seleção foi a que, em média, mais finalizou a gol dentre todos os times, com 14,7 por partida, quase duas a mais que o vice-líder no quesito, Equador (12,8), e mais de três à frente da média geral (11,3).

Os muitos chutes às metas rivais fizeram do Brasil a equipe com mais gols pró em média nas últimas seis jornadas das eliminatórias (2,8 por jogo). O Uruguai, de Luis Suárez e Edinson Cavani vem atrás com dois por partida, enquanto a média geral é de 1,4/jogo.

Um dos quesitos mais praticados por Tite quando ainda técnico do Corinthians era a posse de bola e a transição a partir da troca de passes. Na seleção, o gaúcho segue na mesma toada: o Brasil foi o que mais tempo ficou com a pelota nos pés nas últimas seis rodadas (15min56s), à frente do vice-líder no quesito, Chile (14min08s) e bem mais que a média geral (11min52s).Mas o prêmio de número mais impressionante da nova "Era Tite" na seleção brasileira vai para a defesa. Com Alisson, Daniel Alves, Marquinhos, Miranda e Marcelo/Filipe Luis, o Brasil só levou um tento nestas seis partidas, com média de só 0,2 gol sofrido por jogo. Para se ter uma ideia, os segundos colocados no quesito são Chile, Uruguai e Colômbia, que levaram, em média, 1,2 por partida – a geral é de 1,4/jogo.

Foram, em média, 513,3 passes trocados pelos jogadores tupiniquins, com um aproveitamento de 92,5% de acerto. O Chile vem em seguida, com 428,3 passes.

Em suma, a Seleção Canarinha, o Scratch de Tite não é a super equipe de Zagalo do México ‘70, nem o encantador elenco de Telê Santana da Espanha ’82 e nem o time de Scolari na Coreia/Japão 2002. Porém voltou a ser o Brasil que joga com alegria, que tem samba em seu ritmo e que entusiasma a sua torcida e faz vibrar todos os amantes do bom futebol.

A era Dunga:

Jogados: 6

Pontos: 9/18

Ganhos: 2

Empatados: 3

Perdidos: 1

Gols a favor: 11

Gols contra: 8

 

Primeira rodada: 8 de outubro de 2015

Em Santiago: Chile – Brasil           2-0

Segunda rodada: 13 de outubro de 2015

Em Fortaleza: Brasil – Venezuela      3-1

Terceira rodada: 13 de novembro de 2015 

Em Buenos Aires: Argentina – Brasil   1-1

Quarta rodada: 17 de novembro de 2015

Em Salvador: Brasil – Peru            3-0

Quinta rodada: 25 de março de 2016

Em Recife: Brasil – Uruguai           2-2

Sexta rodada: 29 de março de 2016

Em Assunção: Paraguai – Brasil        2-2

A racha de Tite:

Jogados: 6

Pontos: 18/18

Ganhos: 6

Empatados: 0

Perdidos: 0

Gols a favor: 17

Gols contra: 1

 

Sétima rodada: 1 de setembro de 2016

Em Quito: Equador – Brasil            0-3

Oitava rodada: 6 de setembro de 2016

Em Manaus: Brasil – Colômbia          2-1 

Nona rodada: 6 de outubro de 2016

Em Natal: Brasil – Bolívia            5-0

Décima rodada: 11 de outubro de 2016

Em Mérida: Venezuela – Brasil         0-2

Undécima rodada: 10 de novembro de 2016

Em Belo Horizonte: Brasil – Argentina 3-0

Duodécima rodada: 15 de novembro de 2016

Em Lima: Peru – Brasil              0-2

 

(*) É a primeira vez que o Brasil ganha seis jogos consecutivos em uma mesma eliminatória mundialista sob o atual sistema de disputa, que a CONMEBOL adotou para França 1998. Até aqui, sua melhor racha tinha sido de cinco triunfos na competição preliminar para África do Sul 2010 (fifa).

 

CONMEBOL.com

 

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