Apesar da ausência do craque Neymar, o Brasil ainda é o favorito contra a Alemanha para a semifinal desta terça-feira, em Belo Horizonte, afirmou nesta segunda o técnico alemão Joachim Low.
Em entrevista coletiva no estádio Mineirão de Belo Horizonte, Low fez um apelo ao árbitro da partida, o mexicano Marco Rodríguez, para que impeça as faltas violentas como “as que vi em outras partidas desta Copa” do Mundo.
Mesmo com a ausência de Neymar “não somos favoritos” porque “os demais jogadores do Brasil darão o melhor de si por seu país e serão apoiados por mais de 200 milhões de brasileiros”.
O treinador alemão estimou que o Brasil também não sentirá a ausência de Thiago Silva, suspenso, já que o substituto Dante “é um jogador excelente”.
“Gostaríamos que Neymar estivesse em campo amanhã. Estamos muito tristes pela lesão que sofreu. É muito triste para todos e especialmente para o Brasil”, destacou o técnico da “Mannschaft”.
– “Brasil x Colômbia foi uma batalha” –
Sobre a jogada que tirou o principal atacante do Brasil da Copa, o técnico alemão disse: “espero que o árbitro amanhã não tolere faltas violentas e entradas por trás como as que observei em partidas deste Mundial, para não perdermos jogadores como Neymar e Messi”.
“No jogo entre Brasil e Colômbia ocorreram faltas muito violentas, dos dois lados, e não apenas Neymar sofreu”, destacou Low. “Na Europa, nenhum dos dois times teria terminado com os onze jogadores em campo”.
“Vi partidas (nesta Copa) onde o limite do tolerável foi superado”, acrescentou Low, que confia na habilidade do árbitro mexicano Rodríguez para coibir “faltas violentas e entradas por trás”.
A partida entre “Colômbia e Brasil foi uma batalha, com apenas 39 minutos de bola rolando devido à quantidade de faltas cometidas pelos dois lados”, reafirmou Low, destacando a “importância de o juiz proteger os jogadores”.
Sobre a expectativa de mais uma final para a seleção alemã, o técnico admitiu que seus jogadores “fazem o que sabem fazer”, o que dá “boas possibilidades à Alemanha” de avançar.
– Luta entre dois continentes –
“Uma semifinal de uma Copa do Mundo é sempre algo muito especial e, neste caso, uma luta entre dois continentes, de europeus contra sul-americanos”, afirmou Low.
A outra semifinal terá na quarta-feira, na Arena Corinthians de São Paulo, as seleções de Holanda e Argentina.
“Já disputamos finais e semifinais, mas cada partida é diferente, cada partida tem sua própria dinâmica, jamais há dois jogos iguais”.
Low considerou que para a Alemanha “chegar à final é um desafio extraordinário, porque jogaremos contra a equipe local, que terá o apoio de todo o estádio e de 200 milhões de pessoas”.
Brasil e Alemanha jogam no Mineirão às 17H00 local desta terça-feira.
Os alemães, tricampeões mundial (1954, 1974 e 1990) buscam chegar à final pela oitava vez em sua história e a primeira desde Coreia do Sul-Japão de 2002, onde perderam precisamente 2-0 contra o Brasil, que liderado por Luiz Felipe Scolari conseguiu naquela vez o seu pentacampeonato mundial.
Por Mauricio ARBILLA/AFP
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Edição: conmebol.com
