Argentina foi embora com as mãos vazias do Mundial Sub-17 dos EAU-2013, ao terminar em quarto lugar depois de perder 4-1 frente a estreante e grande revelação Suécia na disputa pelo terceiro lugar, nesta sexta-feira em Abu Dhabi, antes da final entre México e Nigéria.

A Alviceleste de Humberto Grondona logo de cara se mostrou atingida pela queda nas semifinais ante o Tri (3-0) e os suecos aproveitaram para liquidar o pleito com três gols do artilheiro Valmir Berisha (7, 24, 57) e um golaço de voleio do atacante Carlos Strandberg (20).

O meio-campista argentino Lucio Compagnucci descontou (44) no final da primeira metade de um jogo que serviu especialmente para Berisha marcar sete gols e ficar como máximo artilheiro do torneio, antes da final.

“Tivemos 15 minutos muito ruins, com distrações, que o rival soube aproveitar bem. Então, pudemos fazer o gol aos 44 minutos, nos acomodamos e a segunda metade foi mais equilibrada, mas a diferença era grande”, reconheceu Grondona em uma conferência de imprensa.

Argentina terminou em quarto lugar, como em 2001, sem poder repetir os bronzes da Itália-1991, Equador-1995 e Finlândia-2003, desmoralizada pelo sonho destruído de conseguir o único título que falta nas vitrines de sua Federação.

“O balanço que faço é positivo. Durante um ou dois jogos, não pudemos jogar tudo no lixo. Realmente foram 15 minutos péssimos. A Suécia foi muito bem hoje (sexta-feira)”, disse Grondona.

Suécia saiu para disputar o jogo como uma verdadeira final, sabendo que sua campanha já era histórica em sua primeira participação, mas podia coroá-la com um prêmio extra, o bronze que ganhou nesta sexta-feira, no estádio Mohammed Bin Zayed dando um show de bola.

O campeão sul-americano encerrou a sua temporada com uma segunda derrota consecutiva após um progresso animador  até as semifinais com um empate 1-1 contra o Irã na estreia e, em seguida, quatro vitórias: Áustria 3-2, Canadá 3-0, Tunísia nas oitavas 3-1, e o campeão africano Costa do Marfim por 2-1 nas quartas.

Em doze participações em Copas do Mundo, a Argentina nunca chegou à final, caindo cinco vezes nas semis.

Titular pela primeira vez na competição, Carlos Strandberg, sueco de mãe portuguesa, fez a assistências primeiro gol, do artilheiro Valmir Berisha e depois marcou o seu, com uma bela finalização de voleio na grande área, após o passe certeiro de Gustav Engvall pela direita. 

Berisha, como bom centroavante atento, ainda aproveitaria um rebote no centro da área – mas quem merecia ter balançådo a rede nessa jogada, mesmo, era Engvall, que deixou dois argentinos para trás na área, encobriu o goleiro Axel Werner, mas acabou chacoalhando só a trave direita. No início do segundo tempo, para esfriar qualquer expectativa de reação argentina, o camisa 9 subiu tranquilamente no centro da área para conferir de cabeça. 

Nessa jogada, acabou sentindo uma contusão no pé esquerdo, sendo substituído pouco depois. Foi aplaudido por todos em seu banco de reservas. Merecido. A promissora revelação de origem albanesa – e que defende o Halmstads BK – aprontou das suas novamente e, no fim, chegou a sete gols em sete partidas. Acabou terminando o torneio como o Chuteira de Ouro adidas, superando o meia brasileiro Boschilia, que marcou seis vezes, mas em quatro jogos, assim como o meia Kelechi Iheanacho, da Nigéria.

Participar de uma partida dessas não é novidade alguma para a Argentina. O país chegou nesta sexta-feira a um recorde de cinco disputas pelo terceiro lugar, tendo saído vitorioso em três ocasiões (1991, 1995 e 2003). A Suécia, porém, queria mais um lugar no pódio, desta vez. 

O que o resultado garante também é um excepcional rendimento para as equipes presentes no Grupo F da primeira fase. Os três classificados – junto com os finalistas Nigéria e México – terminando o campeonato como os três mais bem posicionados.

Texto e foto : AFP

Edição: conmebol.com