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Argentinos Juniors sofre consequências do infortúnio

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Argentinos Juniors passa por sua hora mais triste ao descender sem pena nem glória para a segunda divisão, logo de ter sido um dos mais ricos ‘semillero’ de futebolistas da Argentina e berço de Diego Maradona, um dos grandes craques da história.

O clube conhecido como ‘El Bicho’ ou ‘Bichitos Colorados’ do bairro metropolitano de La Paternal foi nos últimos certames, só uma sombra do time que há quatro anos ganhou o Clausura-2010.

– Uma história de modéstia e paixão –

A entidade foi fundada por um grupo de jovens anarquistas e socialistas em 1904, que o batizaram primeiro de “Mártires de Chicago”, pelos obreiros assassinados numa greve nos Estados Unidos que se evoca em quase todo o mundo como O Dia do Trabalho.

Logo mudaria de nome e passaria a ser a Associação Atlética Argentinos Juniors, apesar de manter a cor vermelha que preferiam seus fundadores, combinado com vivo branco.

Ao iniciar-se no profissionalismo em 1931 teve más campanhas até descender à segunda em 1937.

Voltar à primeira não foi nada fácil, conseguiu celebrar em 1956 e arredondou a melhor atuação até então de um time ‘pequeno’ no campeonato oficial de 1960, ao ser o terceiro conduzido em campo pelo talentoso Martín Pando.

– A magia do 10 –

Uma data histórica em sua galeria é 20 de outubro de 1976, na tarde em que estreou na primeira divisão Diego Maradona, de apenas 16 anos para mostrar seus primeiros prodígios. “Nesse dia toquei o céu com as mãos”, disse Maradona.

Transferido ao Boca Juniors, Argentinos voltou a penar com o descenso mas com sua fada protetora venceu 1-0 o San Lorenzo em 1981 e fez perder a categoria  dos grandes, o ‘Ciclón de Boedo’.

Começou a remontar e formou uma equipe extraordinária, com que ganhou o torneio Metropolitano-1984, com Roberto Saporiti como DT.

Um ano depois ganhou o torneio Nacional de 1985 com José ‘Piojo’ Yudica como DT.

Naquele time brilhante destacavam-se jogadores como Mario ‘El Panza’ Videla, Jorge Olguín, Sergio ‘Checho’ Batista, José ‘Pepe’ Castro, ‘El Nene’ Emilio Commisso e o centroavante Pedro Pasculli. Borghi mais tarde também se incorporaria.

Em 1985 é a sensação do futebol sul-americano ao ganhar a Copa Libertadores na definição por pênaltis ante o colombiano América de Cali.

Esteve a um passo da glória quando dominava na final Intercontinental desse ano em Tóquio a legendária Juventus de Michel Platini e Michael Laudrup, mas empataram 2-2 e os italianos ganharam nos pênaltis.

Passou aquela geração,  Argentinos subiu e baixou várias vezes de categoria desde 1996, e retornou mas já coberto com instabilidade.

 

Daniel MEROLLA/AFP.

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