NOTICIA DESTACADA

“Chicharito” Hernández, o ídolo que teme deixar de sê-lo

018_026130614rdi_mex_cam_hernandez

A carreira de Javier “Chicharito” Hernandez parece um beco sem saída: perto do ostracismo no Manchester United e reserva novamente no México na Copa do Mundo. Contudo o atacante carismático está confiante em seu olfato goleador e não perder o sorriso.

 A carreira de Javier “Chicharito” Hernandez parece um beco sem saída: perto do ostracismo no Manchester United e reserva novamente no México na Copa do Mundo. Contudo o atacante carismático está confiante em seu olfato goleador e não perder o sorriso.

Os Mundiais não parecem chegar no momento certo para “Chicharito”. Na África do Sul-2010 aterrissou quando acabava de fichar pelos “Diablos Rojos” e o resultado de seu salto de Chivas ainda era uma incógnita.

No Mundo marcou dois gols, mas os fãs exigiram fortemente a sua presença, não foi titular até a derrota nas oitavas contra a Argentina.

Já no Manchester United, os primeiros anos de Hernández superaram todas as previsões. O mexicano parecia em estado de graça e costumava aproveitar as chances em campo com seu oportunismo e tiro preciso com qualquer postura.

México via nele um novo Hugo Sanchez e sonhava que, diferentemente do ex-goleador do Real Madrid, o “Chicharito” sim iria conduzir ao sucesso em uma competição importante.

O país também estava orgulhoso do jovem  fora do campo, onde exibia um inglês mais que fluente e um comportamento impecável.

Em 2011, seu desempenho já foi fundamental para o Tricolor conquistasse a Copa Ouro da Concacaf, com sete gols dando-lhe o título de artilheiro da competição.

A equipe inglesa era vista como um dos pilares para o seu futuro e em 2012 não lhe permitiu disputar as Olimpíadas de Londres para descansar, por isso, com o qual Hernandez não poderia desfrutar de medalha de ouro mexicana.

Mas, aos poucos a estrela do “Chicharito” foi se apagando ante a extrema competição que encontrava no Manchester United, onde tinha pela frente dois pesos-pesados ​​como Wayne Rooney e Robin van Persie.

A crise de jogo do México jogo em que esteve a ponto de deixá-lo fora do Brasil-2014, também afetou “Chicharito”, um atacante puro, que depende dos bons passes de seus pares.

– Banco ou recorde? –

Apesar de uma temporada com menos minutos e gols na Inglaterra, o treinador Miguel Herrera o convocou para o seu segundo Mundial e constantemente elogiou sua categoria e capacidade de trabalho, ao mesmo tempo lhe recomendou encontrar uma equipe que vai lhe desse mais minutos.

Hernandez respondeu com muita dedicação aos treinamentos e concentração. Diferentemente da maioria do elenco mexicano e do próprio Herrera, Chicharito pouco deu atenção à sua conta no Twitter.

Quando Herrera escolheu Peralta como titular contra Camarões, Hernandez não levantou a voz, mas deixou à mostra o seu orgulho ferido.

“Eu não trabalho para ser relevo”, ressaltou o atacante, 26 anos, que se recusa a estar nessa função.

Contra Camarões, Peralta marcou o único gol e “Chicharito”, que o substituiu no segundo tempo, perdeu uma grande oportunidade de marcar.

No entanto, Hernandez disse, ao terminar que seu ânimo para o resto do torneio está intacto.

“Conseguimos os três pontos. Aqui não há egos, não importa se um jogador faz bem o suficiente ou não”, disse com um sorriso o atacante à AFP.

O “Chicharito” sempre diz que odeia comparações, porque ele teve que suportar desde a infância ao vir de uma dinastia familiar de jogadores destacados: seu pai e avô também chegaram a jogar em Copas do Mundo.

Agora o pulso com Peralta é inevitável, mas “Chicharito” espera que o gol lhe volte a sorrir. Se somar ao menos um par de tantos, voltaria ao Brasil como o maior artilheiro mexicano da história da Copa do Mundo.

Texto e Foto: AFP
Edição: conmebol.com

 

ÚLTIMAS NOTICIAS