O máximo anotador do futebol peruano, o argentino Sergio Ibarra, tem 40 anos, enquanto outro goleador, Germán Carty, faz nesta terça-feira 45 anos e continua marcando, apesar de ser o jogador mais velho em um país que está passando por um fenômeno genuíno de jogadores “coroas”.
O máximo anotador do futebol peruano, o argentino Sergio Ibarra, tem 40 anos, enquanto outro goleador, Germán Carty, faz nesta terça-feira 45 anos e continua marcando, apesar de ser o jogador mais velho em um país que está passando por um fenômeno genuíno de jogadores “coroas”.
Carty, um atacante do Pacífico de Lima, joga e luta pela bola em cada jogo como se ele ainda tivesse o físico de um juvenil de 19 anos.
“Não jogo pela necessidade econômica, eu faço porque eu gosto de futebol, a cada dia que amanhece eu tenho vontade de continuar treinando e curtindo cada jogo”, Carty, disse em entrevista à AFP.
O jogador experiente, que foi campeão da Copa Sul-Americana 2003 e artilheiro com seis gols com o Cienciano de Cusco disse que seu segredo pessoal para continuar jogando tem um fator genético, uma vida metódica (sem diversões exageradas) e uma boa dieta baseada em proteínas, frutas e carboidratos.
“Vou continuar jogando futebol até que não tenha mais energia suficiente para estar no campo, eu vou saber em que momento terei que pendurar as chuteiras”, disse Carty, que marcou um gol em 25 datas do torneio atual de primeira divisão.
No Pacífico, Carty (45) não é o único experiente já que compartilha a liderança mais antiga do Peru, com outros três atacantes, que juntos alcançam 152 anos de idade: o argentino Mauro Cantoro (36 anos), Gustavo Vassallo ( 35) e Andres Mendoza (36).
Nascido em 16 de julho de 1968 na cidade de Lima de San Vicente de Cañete (sul), Carty começou sua carreira no futebol aos 19 anos no Coronel Bolognesi, da cidade de Tacna (fronteira com Chile).
Ele jogou em mais de uma dúzia de clubes peruanos de primeira divisão, e no exterior, no Atlante e no Irapuato do México (1997-1998), Blooming da Bolívia (2001) e Chalatenango de El Salvador (2006). O jogador chamado pelos fãs como “Avestruz”, “O infinito” e “O imprevisível” está casado desde que tinha 24 anos e tem dois filhos, um com 19 anos jogando no time reserva do Alianza Lima.
Cada vez que faz um gol realiza sua famosa dança de avestruz.
“A dança nasceu através de passos e graças que faço pela minha alegria de anotar”, disse o jogador que jogou com a seleção inca nas eliminatórias sul-americanas no Mundial da França-1998.
“Carty é um exemplo para a juventude que está metida no futebol, tenho certeza que se continuar, poderia jogar até 50 anos”, disse à AFP o treinador do Pacífico, Cásar ‘Chalaca’ Gonzáles, que dirigiu pela primeira vez o jogador há mais de duas décadas no Sport Boys.
Ibarra, goleador interminável
Com 40 anos e famoso por sua dança do “velhinho” depois de cada gol para loucura da torcida, o argentino Sergio Ibarra, do Sport Huancayo, já é uma lenda do futebol peruano, com 266 gols em mais de 600 jogos desde que chegou ao Peru, em 1992.
Para validar a sua eficácia, Ibarra acaba de marcar os dois gols da vitória deste fim de semana por 2-1 sobre a equipe de Juan Aurich, no sábado, na cidade de Huancayo a 3.270 metros de altura.
“Estou muito feliz com os meus dois gols. A equipe novamente está entre os primeiros lugares sem fazer barulho”, disse Ibarra.
O atacante ‘pré-histórico’ foi conquistando e sendo amado pela torcida pela celebração de seus gols com a “dança do velhinho”, simulando ser um velho que dança com uma bengala.
Natural de Río Cuarto, província de Córdoba, Ibarra fez toda a sua carreira no Peru passando por doze clubes da primeira divisão.
Em 2011, ele atuou como técnico e jogador do Cienciano da cidade de Cusco (sudeste).
“Tem um velho por um tempo e uma bengala para sempre”, disse Ibarra em abril, depois de superar uma descompensação após uma partida pelo torneio local.
Outro atacante peruano Ramon Rodriguez, 36 anos, do Cienciano de Cusco, é um dos veteranos mais representativos do fenômeno de jogadores “coroas” do Peru.
‘O Rato’ Rodriguez, campeão na Copa Sul-Americana-2003 com o Cienciano, aparece com nove gols como um dos artilheiros do torneio da primeira divisão de 2013.
Por Carlos Mandujano / AFP
Foto: AFP
Edição: conmebol.com