Com a Interamericana 1989, Nacional conquista sua quarta copa internacional em cinco meses
Foi o fim de um ciclo brilhante, de uma era curta mas inesquecível para o Club Nacional de Fútbol. Em 29 de março de 1989 se consagrou campeão da Interamericana goleando o Olímpia de Honduras por 4-0 em Montevidéu, significando sua quarta copa internacional em apenas 5 meses.
A cadeia de êxitos havia iniciado no final de outubro de 1988 quando obteve a Copa Libertadores frente ao Newell´s Old Boys, continuou a mediados de dezembro em Tóquio, com a Copa Intercontinental, em uma apaixonante definição por penais ante PSV Eindhoven e em fevereiro conquistou a primeira edição da Recopa, vencedo o Racing Club de Avellaneda.
A Copa Interamericana era disputada a cada ano pelos vencedores da Copa Libertadores e da Copa dos Campeões da Concacaf. A partida de ida daquela edição 1989 teve lugar no estádio Nacional de Tegucigalpa, em 5 de março, ante 45.000 espectadores e com a arbitragem do mexicano Arturo Brizio Carter. Aos 17 minutos, Daniel Fonseca adiantou o placar para os visitantes e logo no segundo tempo, o arqueiro local Belarmino Rivera, igualou de pênalti, decretando em 1-1 que seria o resultado final.
O desquite teve lugar no estádio Centenario, numa quarta-feira 29 de março e, rapidamente, o Nacional ratificou seu favoritismo aos 18, quando Daniel Fonseca recebeu uma perfeita habilitação de Javier Cabrera e definiu con qualidade ante a saída do guarda-redes. Cinco minutos mais tarde, foi o próprio atacante que chegou pela esquerda, lançou para Santiago Ostolaza cabecear e cristalizar o 2-0.
No complemento, o conjunto hondurenho teve algumas chances, mas como era costume, ali estava Seré para conjurar o perigo. Aos 57, Luis Noé rompeu a tentativa da defesa, penetrou na área, eludiu o goleiro e com frieza anotou o 3-0. As diferenças em campo eram claras e se ratificaram no 4-0 definitivo que foi obra novamente de Noé, após aproveitar uma falha grosseira do goleiro Rivera, que deixou escapar uma bola que estava praticamente dominada.
Nacional fazia fácil o difícil: gritar campeão de uma copa. Nem o mais pessimista de seus torcedores poderia supor que essa seria, até este momento (26 anos mais tarde), sua última conquista internacional.
Formações:
– Nacional: Jorge Seré; Tony Gómez, Felipe Revelez, Hugo de León, José Pintos Saldaña (Carlos Soca); Jorge Cardaccio, Santiago Ostolaza, Javier Cabrera, Luis Noé; Daniel Fonseca, Jacinto Cabrera (Peña). DT: Héctor Núñez.
–Olimpia: Belarmino Rivera; Daniel Zapata, Ruíz, Galindo, Mesía; José Hernández, Espinoza, Tovar (Chacón); Contreras (Javier Flores), Juan Flores, Dolmo Flores. DT: Estanislao Malinowski
Eduardo Bolaños/conmebol.com