Neste sábado, a última seleção “sem expressão” deu adeus à Copa do Mundo. Mas deixou um legado. Afinal, sua campanha neste Mundial do Brasil pode ter sido tudo, menos inexpressiva. A equipe de Joe Campbell, Keylor Navas e companhia foi eliminada com a derrota nos pênaltis para a Holanda, mas a classificação frente ao Grupo da Morte não será esquecida, muito menos o fato de não ter perdido uma partida sequer. Os jogadores, claro, saíram de cabeça erguida
Neste sábado, a última seleção “sem expressão” deu adeus à Copa do Mundo. Mas deixou um legado. Afinal, sua campanha neste Mundial do Brasil pode ter sido tudo, menos inexpressiva. A equipe de Joe Campbell, Keylor Navas e companhia foi eliminada com a derrota nos pênaltis para a Holanda, mas a classificação frente ao Grupo da Morte não será esquecida, muito menos o fato de não ter perdido uma partida sequer. Os jogadores, claro, saíram de cabeça erguida
Em uma chave com três campeões mundiais, quem poderia esperar que a Costa Rica sequer passasse de fase? No chamado “Grupo da Morte” com Uruguai, Itália e Inglaterra, seleções muito mais badaladas pelas estrelas em seus elencos e pelo peso histórico dos títulos, os Ticos ignoraram o favoritismo rival rodada após rodada. Surpreenderam os adversários no campo e os fãs de futebol mundo afora, avançando em primeiro lugar na chave e com status de maior zebra da Copa até então.
Para os atletas que formaram o elenco convocado pelo técnico Jorge Luis Pinto, a campanha invicta (duas vitórias e três empates) no Brasil serviu para que a seleção de seu país alcançasse um novo status e passasse a ser vista com mais respeito.
“É difícil chegar tão perto de passar de fase e perder, mas fizemos algo incrível. A Costa Rica chegou pela porta dos fundos e sai pela porta da frente. Todo mundo achava que seríamos os últimos, que perderíamos todos os jogos da chave. Ao final, perdemos só uma partida nos pênaltis e diante de uma equipe contra a Holanda. É algo memorável”, disse o capitão Bryan Ruiz, um dos dois cobradores costarriquenhos a parar nas mãos do goleiro Krul.
Para o meio-campo Celso Borges, a principal lição que os Ticos mostraram ao mundo é que, mesmo sem astros badalados ou uma grande estrutura financeira por trás, é possível apresentar um futebol no mesmo nível das seleções mais tradicionais.
“O grande ganho deste Mundial foi nós mesmos nos darmos conta de que nossa equipe não é de outro mundo, mas que é formada por bons jogadores, com um sistema organizado, com ao preparação mental e física. Estivemos aqui ao nível de outras grandes equipes. Demos um salto de qualidade visível. Esperamos que, com esta Copa as pessoas passem a valorizar mais nosso trabalho. Certamente podemos melhorar ainda mais”.
Eleito o melhor em campo em três das cinco partidas que a Costa Rica disputou na Copa, o goleiro Keylor Navas fez um discurso bastante patriótico para elogiar o desempenho de seus companheiros e agradecer a torcedores e aos veículos de imprensa do país.
“Nós falamos muito durante as eliminatórias que precisaríamos estar todos unidos, pois ninguém de fora acreditava em nós. Mesmo tendo sido eliminados, estamos conscientes de que fizemos tudo o que pudemos pela Costa Rica. Nos unimos em momentos complicados, tanto torcida quanto atletas e jornalistas. E agora, mesmo na derrota, estamos todos orgulhosos pois sabemos que driblamos muitas pedras no caminho para escrever um capítulo importante na história do nosso país”.