Venezuela, revelação do Sul-Americano-2013 Sub-17 de futebol com seu segundo lugar que lhe transformou mundialista por primeira vez em sua história, quer continuar surpreendendo nos Emirados-2013, no marco de um difícil grupo D com o rei europeu Rússia, o vice-campeão asiático Japão e Tunísia.
Venezuela, revelação do Sul-Americano-2013 Sub-17 de futebol com seu segundo lugar que lhe transformou mundialista por primeira vez em sua história, quer continuar surpreendendo nos Emirados-2013, no marco de um difícil grupo D com o rei europeu Rússia, o vice-campeão asiático Japão e Tunísia.
A Vinhotinto dirigida por Rafael Dudamel, e goleiro internacional venezuelano de longo trajeto, deu cátedra na fase final do torneio classificatório regional plantando a cara do anfitrião Argentina, Brasil e Uruguai, potencias juvenis que animam agora a ir por mais na terra dos Emirados Árabes Unidos, em sua primeira saída planetária em quinze edições.
“Esta equipe joga em um alto nível e marcará nossas vidas e a história do futebol venezuelano”, advertiu o selecionador que marcou um desafio em seu país.
“Vimos que nossos rivais são equipes com bom biotipo de jogadores, porém não tem esse plus que nós temos com jogadores em Primeira Divisão e Copa Venezuela”, declarou Dudamel à imprensa de seu país. “Vamos encontrar rivais verticais que fisicamente pretenderão impor-se em todo momento, porém nós sabemos correr, lutar e sobre tudo, sabemos jogar”, disse ele.
Os venezuelanos estrearão no torneio em Sharjah na próxima sexta-feira ante Tunísia, terceiro do classificatório de África que selou seu terceiro ingresso a um Mundial.
“É um grupo lutado, com equipes muito distintas. É difícil dizer qual é o mais potente, mesmo que para mim Rússia parte com vantagem”, estima o selecionador tunisino Abdelhay Ben Soltane, quem deverá reforçar a retaguarda para alimentar ilusões de passar às oitavas de final, fase que chegam os dois melhores de cada chave e os quatro melhores terceiros dos seis grupos.
Para os sul-americanos será imperativo tirar os três pontos em sua estreia, já que na segunda data duelarão com a experimentada seleção japonesa, duas vezes quarta-finalista em sete aparições mundialistas, as quatro últimas em forma consecutiva, em base ao seu característico jogo de velocidade.
Porém mesmo que muitos torcedores especulam com um Japão lutador, seu treinador Hirofumi Yoshitake aposta a um jogo mais associado e criativo. “Quero que meus jogadores não tenham medo de errar, que joguem sem temor e que exibam seu talento”, explicou o treinador, abrindo o panorama a uma apresentação mais audaz.
O prato forte será no dia 24 de outubro, quando se defina a chave e a Vinhotinto duele contra a Rússia, campeão da Europa ante Itália em definição por pênaltis, com um goleiro a seguir como Anton Mitryushkin, quem manteve a marca invicta em culatro dos cinco jogos da fase final do Europeu da Eslováquia-2013, virando um jogador com projeção firme.
O técnico Dmitri Khomukha terá em suas mãos um grupo que deverá prestar atenção a uma estadística: com a camisa da URSS, ganhou o título em Canadá-1987 e desde então não joga em fase final de um Mundial Sub-17, pelo que não passar a rodada de grupos implicará uma tremenda desilusão para um país que organizará o Mundial absoluto em 2018 e poderá aproveitar talentos deste grupo para sonhar em grande dentro de cinco anos.
Os dois primeiros do grupo avançam às oitavas de final, assim como os quatro melhores terceiros das seis chaves, pelo que Venezuela pode-se ilusionar com ir à segunda rodada em sua estreio mundialista, se repete o nível mostrado na Argentina em abril passado, a pesar de que não estará seu melhor jogador, o artilheiro Andrés Ponce, autor de sete dos oito gols de sua seleção no torneio, por sofrer uma lesão que lhe marginou dos Emirados-2013.
Texto e foto: AFP
Edição: conmebol.com