A Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) e o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (HHS) assinaram um Memorando de Entendimento em Washington na quinta-feira 8 de setembro para promover várias iniciativas de saúde pública, tais como a vacinação contra a COVID-19.
O documento foi assinado pelo Presidente da CONMEBOL, Alejandro Dominguez, e pela Subsecretária de Assuntos Globais e Serviços Humanos dos EUA, Loyce Pace.
“É para mim uma grande satisfação poder assinar este acordo que servirá para fortalecer o ótimo trabalho que temos feito entre as duas instituições”, disse Domínguez.“Começamos a trabalhar juntos na CONMEBOL Copa América Feminina, realizada na Colômbia em julho passado, e continuamos em outros eventos esportivos, como as semifinais da CONMEBOL Sudamericana e da Libertadores”, acrescentou a respeito ao trabalho conjunto.
A HHS já havia reconhecido a CONMEBOL em junho de 2022 por seus esforços na doação de vacinas COVID-19 e na vacinação de equipes de futebol, e foi nesse contexto que concordaram em lançar ações conjuntas para continuar a luta contra o vírus, aumentar a conscientização sobre imunização e realizar outras atividades de promoção da saúde pública a serem anunciadas no futuro.
“Estamos confiantes de que com esta parceria com a CONMEBOL conseguiremos aumentar o número de pessoas vacinadas contra a COVID-19, enquanto trabalhamos para resolver os principais problemas de saúde pública que a região enfrenta”, afirmou a subsecretária Pace.
Os Estados Unidos reconhecem os esforços da CONMEBOL em meio à pandemia de 2021, quando a Confederação imunizou a família do futebol sul-americano, graças a uma doação de 100.000 doses de vacina CoronaVac da empresa biofarmacêutica Sinovac Biotech.
Para Dominguez, nunca houve qualquer dúvida sobre o papel crucial que a CONMEBOL poderia desempenhar durante a emergência sanitária: “Embora a CONMEBOL seja uma organização dedicada ao futebol, assumimos nossa parte de responsabilidade desde o início da declaração da pandemia da COVID-19”.
“Elaboramos protocolos médicos de saúde altamente eficazes, que permitiram que nossos torneios se realizassem em uma estrutura de confiança e segurança”, disse ele. “Lançamos imediatamente uma campanha maciça de conscientização e imunização, que protegeu atletas, treinadores, árbitros e assistentes e, consequentemente, suas famílias”, acrescentou.
Dominguez observou que a CONMEBOL foi “a primeira organização da sociedade civil do mundo a promover uma campanha de vacinação, complementando os esforços dos governos sul-americanos”.
Impacto regional
Por sua vez, o Dr. Osvaldo Pangrazio, Presidente da Comissão Médica da CONMEBOL, salientou que as medidas da organização durante o pior momento da pandemia não se limitavam apenas aos torneios. “Desde que a pandemia começou, protegemos toda a comunidade futebolística sul-americana, sendo cautelosos, inteligentes e desenvolvendo protocolos que tiveram uma porcentagem muito alta de eficácia”, explicou.
Em maio de 2020, a CONMEBOL já havia distribuído 79 milhões de dólares em adiantamentos aos clubes e Associações Membro para mitigar os efeitos da pandemia.
Por outro lado, as doações da CONMEBOL ao Brasil de cerca de 20.000 doses ajudaram para o sucesso da realização da CONMEBOL Copa América em 2021. De acordo com dados da CONMEBOL, 28.772 testes PCR foram realizados durante o torneio, dos quais apenas 0,62% foram positivos.
Pouco tempo depois, em agosto de 2021, foi lançada a campanha #VacineParaVoltar, em apoio à vacinação regional. E, em janeiro de 2022, foi publicada uma atualização do Protocolo de Recomendações Médicas da CONMEBOL.
Preparados para o futuro
Os anúncios conjuntos da CONMEBOL e HHS também coincidiram com o lançamento do “Plano de Ação sobre Saúde e Resiliência nas Américas” do governo dos EUA na Cúpula das Américas. O objetivo do projeto, no qual a CONMEBOL também participa, é preparar a região para possíveis emergências sanitárias.
Dado o sucesso das medidas tomadas pela CONMEBOL, Dominguez disse que foi decidido aumentar o alcance em massa de seus torneios e transformar a organização em um canal de conscientização e disseminação de informações para milhões de pessoas na América do Sul e no mundo.
Finalmente, o Presidente da CONMEBOL expressou confiança de que a assinatura do memorando de entendimento facilitará mais progressos na promoção de comportamentos saudáveis na população.
CONMEBOL.com / AFP
