O paraguaio Hernán Pérez conversou com a FIFA.com. Seu corpo está coberto de tatuagens, mas nenhum deles por azar. Identificam momentos significativos de sua vida: a imagem de sua esposa Carol no dia de seu casamento, a data de nascimento de sua filha, o nome de sua cunhada falecida ou o número 11 que usava Mauricio Alves, amigo e ex-companheiro do Villarreal, morto em um acidente.
“Cada uma representa situações importantes para mim. E jogar no próximo Mundial seria uma sem dúvidas”, diz o volante ofensivo de 28 anos, hoje jogador do RCD Espanyol e homem de confiança de Francisco Arce na seleção.
Sua ‘promessa’ toma trascendência pela situação que atravessa a Albirroja nas eliminatórias sul-americanas: a quatro datas da final, marchando em 8ª colocação com 18 pontos, 4 atrás da Argentina, que está 5ª na vaga que jogará na repescagem intercontinental.
Por que chegaram a esta encruzilhada? “Teve partidas que nos precipitamos e não soubemos valorizar os pontos que estavam em jogo. Por exemplo, contra o Peru em casa (1-4) e Bolívia em La Paz (0-1)… Agora que temos a soga no pescoço percebemos quão necessários eram”.
Pérez é sincero e concreto para medir as possibilidades do Paraguai de ir à Rússia. “De 1 a 10, hoje estamos em 5. Ou seja: se fizermos as coisas direto vamos, se seguirmos cometendo erros não”.
Para a próxima dupla jornada há um dado animador, diz: “Paraguai visita o Chile (4°, com 23) e logo recebe o Uruguai (3°, com 23). “São dois rivais diretos. Se ganhamos, nos metemos de novo de cheio na briga”.
Hernán Pérez e a Albirroja
- Estreia: março de 2010 (com Gerardo Martino)
- Partidas: 27 (14 pelas eliminatórias)
- Gols: 1 ( 0 pelas eliminatórias)
- Vice-campeão Copa América 2011
- Jogou na Copa Mundial Sub-20 da FIFA Egito 2009