Minuto 55’, em uma calorosa tarde mexicana do dia 22 de junho de 1986, no mítico estádio Asteca e ante mais de 114.000 pessoas, o craque argentino Diego Armando Maradona marcava o melhor gol dos mundiales, denominado “O Gol do Século”, nas quartas de final ante Inglaterra. “Vi Diego caminhar pela margem do mundo, foi um gol de outro planeta”, descreve o relator uruguaio Víctor Hugo Morales.
“Vai passar para Diego, ai Maradona pega, é marcado por dois, Maradona pisa na bola, corre pela direita o genio do futebol mundial, deixa o varal e vai passar para Burruchaga… Sempre Maradona! Genio! Genio! Genio! Ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta-ta… Gooooool… Gooooool… Quero chorar! Meu Deus, viva o futebol! Golaaaçooo! Diegoooool! Maradona! Dá para chorar, me desculpem… Maradona, em um recorrido memorável, na jogada de todos os tempos… Cósmico… De que planeta você veio para deixar no caminho tantos ingleses, para que o país seja um punho apertado gritando pela Argentina? Argentina 2 – Inglaterra 0. Diegol, Diegol, Diego Armando Maradona… Obrigado, Deus, pelo futebol, por Maradona, por estas lágrimas, por esta Argentina 2-Inglaterra 0”.
Quando lemos, automaticamente aparece a imagem mental de Maradona levando a bola desde mais da metade do campo, deixando jogadores ingleses pelo caminho até a meta. Depois de 31 anos e de ter passado 7 mundiais não foi feito um gol igual, tão grande foi a magnitude do gol, que o experiente relator admite ter perdido a compostura.
-A gestação do Gol Do Século-
Porém, sem lugar para duvidas, o relato foi a melodia perfeita para acompanhar essa obra de arte criada por Diego. Argentina ganhava por 1-0 dos ingleses pelas quartas de final daquela Copa do Mundo, e quando estava no minuto 55’, Maradona recebe um passe do ‘El Negro’ Enrique, pisa na bola de 2 ingleses e começa uma carrida demoniaca, desde seu terreno, até o gol rival. “Eu acho que é um gol sonhado, não porque eu tenha feito, senão pelo que representou”, destaca o argentino.
E durante sua trajetória à meta final, 5 ingleses (Hoddle, Reid, Sansom, Butcher, Fenwick) ficaram como cones de treino e só puderam observar a camisa do ‘10’ se aproximando do goleiro Shilton, que igualmente foi zombado pelo genio do futebol mundial.
*A imortal postal de Maradona imparável pelos ingleses (22/06 /1986)
CONMEBOL.com